A região central do Rio de Janeiro transformou-se nesta quarta-feira em uma verdadeira praça de guerra durante confronto entre homens do Batalhão de Choque e servidores que protestam contra o pacote de arrocho do governo Pezão. Por volta das 13 horas, um grupo de manifestantes tentou invadir a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), cercada por grades. Outro, formado por policiais e agentes penitenciários, fez uma corrente humana para evitar a invasão. Foi então que começou a confusão: a primeira grade foi derrubada e teve início a ação do Choque.
O confronto rapidamente se espalhou pelos arredores do Palácio Tiradentes: enquanto parte dos servidores tentava invadir o prédio, outros manifestantes tentavam conter a ação. Focos de briga se formaram em diversas partes – tudo ao som de bombas de gás lacrimogêneo e dos tiros de balas de borracha disparados pela polícia. Ao menos um policial civil foi ferido no rosto.
https://www.youtube.com/watch?v=PNLySzwcePo
O batalhão de choque da Polícia Militar se posicionou na frente do prédio para evitar que o palácio fosse ocupado novamente pelos manifestantes, como aconteceu na semana passada. Funcionários das mais diversas áreas, incluindo Saúde, Educação, Segurança, Ministério Público e Previdência, se concentraram em frente à Alerj para participar do ato. Os manifestantes chamavam as grades de “muro da vergonha” e seguravam faixas em que chamam a Assembleia de “presídio de políticos”.
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Diretor secretário do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio, Odonclei Boechat disse que os atos vão se suceder em todos os dias em que houver discussão e votação das medidas de Pezão, que visam ao reequilíbrio das contas do Estado, mergulhado num déficit de 17,5 bilhões de reais. A mais controversa é a que aumenta a contribuição previdenciária dos ativos e inativos.
https://www.youtube.com/watch?v=lXiGW9WE-Jg
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“O (Jorge) Picciani (presidente da Alerj, deputado pelo PMDB) divulgou o calendário de discussões para desmobilizar os servidores. Ele pode mudar a ordem como quiser,que estaremos aqui. Uma das nossas preocupações é a perda do nosso triênio. Se não temos aumento, ele é nossa única salvação. Os sindicatos estão se reunindo e vamos nos revezar nos atos. A pressão dá resultado”, afirmou Boechat.
Pezão pediu e o Ministério da Justiça enviou agentes da Força Nacional de Segurança para reforçar a guarda da Alerj, mas não foi possível ver se eles de fato participaram do esquema de segurança.
Na semana passada, os servidores invadiram a Alerj, em protesto contra as medidas anticrise. Eles tomaram o plenário, sentaram nas cadeiras dos deputados e ocuparam as galerias do 2º andar, onde costuma ficar o público que assiste às votações. Um sinalizador de fumaça chegou a ser aceso no plenário, na ocasião.
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1/18 Polícia Militar do Rio de Janeiro tenta conter manifestações em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro com bombas de gás lacrimogêneo – 16/11/2016 (Ricardo Moraes/)
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2/18 Polícia Militar do Rio de Janeiro tenta conter manifestações em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro com bombas de gás lacrimogêneo – 16/11/2016 (Ricardo Moraes/)
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3/18 Manifestantes protesatam em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro – 16/11/2016 (Ricardo Moraes/)
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4/18 Polícia Militar do Rio de Janeiro tenta conter manifestações em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro com bombas de gás lacrimogêneo – 16/11/2016 (Ricardo Moraes/)
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5/18 Pedestres observam ônibus queimado durante protesto na Alerj – 16/11/2016 (Ricardo Moraes/)
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6/18 Servidores protestam contra o pacote de cortes do governo do estado em frente ao prédio da Alerj – 16/11/2016 (Tânia Rêgo/)
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7/18 Servidores protestam contra o pacote de cortes do governo do estado em frente ao prédio da Alerj – 16/11/2016 (Tânia Rêgo/)
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8/18 Mulher observa ônibus queimado durante protesto de servidores públicos em frente à Alerj – 16/11/2016 (Ricardo Moraes/)
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9/18 Manifestantes protesatam em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro – 16/11/2016 (Ricardo Moraes/)
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10/18 Milhares de servidores públicos reúnem-se em frente à Alerj para protestar contra as medidas de austeridade do Governo Estadual. O Governo Federal enviou 500 homens da Força Nacional de Segurança para reforçar o policiamento no entorno da Alerj e do Palácio Guanabara – 16/11/2016 (Ricardo Moraes/)
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11/18 Manifestantes protesatam em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/)
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12/18 Milhares de servidores públicos reúnem-se em frente à Alerj para protestar contra as medidas de austeridade do Governo Estadual. O Governo Federal enviou 500 homens da Força Nacional de Segurança para reforçar o policiamento no entorno da Alerj e do Palácio Guanabara – 16/11/2016 (Luiz Souza /Fotoarena/)
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13/18 Servidores se mobilizam para novos protestos contra o que chamam de “pacote de maldades” do governo estadual. Policiais militares do Batalhão de Choque fazem a segurança no local – 16/11/2016 (Gabriel de Paiva/)
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14/18 Tropa de Choque da PM entra em confronto com manifestantes em frente à Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). O Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe) faz ato contra o pacote de ajuste do governo estadual – 16/11/2016 (Wilton Junior/)
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15/18 Servidores protestam em frente à Alerj, no centro do Rio de Janeiro (RJ), para protestar contra o chamado ‘Pacote da Maldade’ do governo estadual – 16/11/2016 (Ellan Lustosa/Código19/)
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16/18 Manifestantes derrubam grade em frente à Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), onde deputados iniciaram discussão para a votação do pacote de medidas do governo do Estado – 16/11/2016 (Johnson Parraguez/Agência O Dia/)
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17/18 Milhares de servidores públicos reúnem-se em frente à Alerj para protestar contra as medidas de austeridade do Governo Estadual. O Governo Federal enviou 500 homens da Força Nacional de Segurança para reforçar o policiamento no entorno da Alerj e do Palácio Guanabara – 16/11/2016
16/11/2016 – Foto: SEVERINO SILVA/AG NCIA O DIA/AG NCIA O DIA/ESTAD√O CONTE⁄DO (Severino Siva/Agência O Dia/)
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18/18 Milhares de servidores públicos reúnem-se em frente à Alerj para protestar contra as medidas de austeridade do Governo Estadual. O Governo Federal enviou 500 homens da Força Nacional de Segurança para reforçar o policiamento no entorno da Alerj e do Palácio Guanabara – 16/11/2016 (Luiz Souza/Fotoarena/)
(Com Estadão Conteúdo)