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65% dos brasileiros acham que mulher de roupa curta tem culpa por ser atacada

Maioria concorda que homens que batem em mulheres devem ser presos, segundo pesquisa feita pelo Ipea

Por Da Redação
27 mar 2014, 17h29

Os números da última pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgados nesta quinta-feira mostram que a sociedade brasileira ainda é tolerante com agressões e, em geral, culpa as vítimas pela violência sofrida. 65% dos entrevistados ouvidos pelo instituto afirmaram que concordam com a frase “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. Segundo o balanço, um número significativo de entrevistados parece considerar a violência contra a mulher uma forma de correção. Para estes, a vítima deve ser responsabilizada pelo ataque, seja por usar roupas provocantes, seja por não se comportar “adequadamente”.

A avaliação tem como ponto de partida o grande número de pessoas que diz concordar com a frase: se mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros. O trabalho indica que 58,5% das pessoas concordam com esse pensamento. A resposta a essa pergunta apresenta variações significativas de acordo com algumas características. Nas regiões Sul e Sudeste, é menor a proporção de pessoas que culpam a mulher pela violência sexual.

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Batizado de Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), o trabalho se baseou na entrevista de 3.810 habitantes de 212 municípios no período entre maio e junho do ano passado. A pesquisa mostra que 91% dos entrevistados concordam total ou parcialmente com a prisão dos maridos que batem em suas esposas, mas 63% disseram concordar com a ideia de que “casos de violência dentro de casa devem ser discutidos somente entre membros da família”.

Gays – A pesquisa também revela que a maior parte dos brasileiros se incomoda em ver dois homens ou duas mulheres se beijando. Dos entrevistados, 59% relataram desconforto diante da cena, e 52% concordam com a proibição de casamento gay. Para 41% dos entrevistados, “um casal de dois homens vive um amor tão bonito quanto um homem e uma mulher”. Metade dos entrevistados concorda com a afirmação de que casais de pessoa do mesmo sexo devem ter os mesmos direitos de outros casais.

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