Vendas de Smartphones no Brasil superam as de celulares tradicionais
Crescimento do mercado foi impulsionado por preços mais acessíveis e melhor exposição dos dispositivos nas lojas, diz estudo
Um estudo divulgado nesta quarta-feira pela International Data Corporation (IDC), consultoria especializada no setor de tecnologia, apontou que as vendas smartphones no Brasil superaram pela primeira vez as de celulares tradicionais. De acordo com a companhia, no segundo trimestre de 2013, foram comercializados mais de 15 milhões de aparelhos no país, dos quais 54% são smartphones. Ao todo, foram mais de 8 milhões de unidades vendidas, o que representa um aumento de 110% em relação ao mesmo período de 2012.
Leia também:
LG lança linha para quem quer seu primeiro smartphone
‘iPhone mais barato’ pode não ser tão barato assim
“Este impressionante crescimento se deu por vários movimentos distintos e complementares”, afirmou Leonardo Munin, analista de mercado da IDC Brasil. “Entre eles, estão a ampliação da oferta de produtos em diferentes faixas de preço, o aumento das promoções e a maneira como os aparelhos estão sendo expostos tanto na operadora como no varejo.”
Para o especialista, o resultado aponta uma migração dos feature phones, aparelhos simples com alguns recursos multimídia, para os dispositivos mais avançados. “A forte demanda por smartphones no Dia das Mães, por exemplo, deixou vários fabricantes sem estoque de equipamentos”, disse.
O IDC também registrou uma redução no valor médio dos smartphones básicos, que caiu de 730 reais para 550 reais desde o começo do ano. “Os produtos de menor preço seguem ganhando tração no mercado, mas a chave para o sucesso dos fabricantes é manter esta oferta de preços baixos em adição a uma oferta de produtos e serviços premium também”, afirmou Munin.
No segundo trimestre, o sistema operacional de maior destaque no Brasil foi o Android, do Google, presente em 90% dos smartphones vendidos no período. A surpresa ficou por conta dos aparelhos multi-sim, capazes de operar com dois ou mais chips de operadoras diferentes, que alcançaram uma fatia de 40% desse mercado. No segundo trimestre de 2012, esse número chegava a 15%.