Segurança na internet vira prioridade diplomática dos EUA
País sofre ataques frequentes de militantes e rivais, afirmam autoridades
A segurança de dados na internet passou a ser uma prioridade diplomática dos Estados Unidos enquanto Washington procura construir relacionamentos para combater o roubo de informações e reduzir o risco de conflitos, afirmaram autoridades no país. O coordenador de assuntos para a rede do Departamento de Estado dos EUA, Christopher Painter, afirmou que a região enfrenta uma série de potenciais ameaças no ciberespaço provenientes de hackers individuais, militantes e países rivais.
“Está claro que a segurança na internet é agora um imperativo nas políticas”, disse ele em uma conferência do centro de estudos East-West Institute, em Nova York. “Isso envolve assuntos de governança, assuntos econômicos e militares. A melhor atitude é se relacionar com os países e ter uma discussão livre e franca. Estamos só começando a fazê-lo”, afirmou.
Painter, nomeado em abril após trabalhar como diretor sênior para as políticas de segurança no ciberespaço na Casa Branca, preferiu não discutir as recentes brechas de segurança nem dizer quem ele pensa ser o responsável. Ele apenas sinalizou que o assunto precisa ser resolvido.
Na última quinta-feira, o Google afirmou suspeitar de que hackers chineses tentaram roubar senhas de centenas de usuários do seu sistema de e-mails, incluindo importantes autoridades dos EUA, ativistas chineses e jornalistas. Já as autoridades chinesas negaram qualquer conexão do governo com o ocorrido, afirmando que a China também foi vítima de hackers.
A gigante do setor de defesa Lockheed Martin e a empresa do segmento de eletrônicos Sony também reportaram recentemente roubo de dados. Especialistas em segurança afirmam que muitas outras companhias sofrem ataques similares, mas não os declaram publicamente.
(Com agência Reuters)