Paciente com ebola nos EUA está em estado crítico
Chefe de Centro de Controle afirma que Thomas Duncan é o único paciente a desenvolver a doença no país. Cinegrafista é transferido para o Nebraska
A primeira pessoa a ser diagnosticada com o vírus ebola nos Estados Unidos está em estado crítico, lutando para sobreviver em um hospital de Dallas, afirmou neste domingo o diretor dos Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês).
Thomas Eric Duncan ficou doente depois de chegar ao Texas vindo da Libéria há duas semanas. O caso aumentou as preocupações de que a pior epidemia de ebola já registrada poderia se espalhar para além da África Ocidental, onde começou em março deste ano e já deixou mais de 3.400 mortos.
“O homem em Dallas, que está lutando por sua vida, é o único paciente a desenvolver ebola nos Estados Unidos”, disse o diretor do CDC, Thomas Frieden, em entrevista à rede CNN.
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Homem é encontrado – Um sem-teto procurado porque teria tido contato com o paciente diagnosticado com ebola nos EUA foi encontrado neste domingo no Texas após várias horas de busca, afirmaram autoridades.
Ele não é considerado uma das dez pessoas que realmente tiveram contato com Duncan, mas faz parte de um grupo maior de 38 pessoas que podem ter estado perto dele. O homem foi encontrado poucas horas depois de autoridades anunciarem que ele estava desaparecido, afirmou a porta-voz da cidade de Dallas Sana Syed.
Cinegrafista – Em Nebraska, outro hospital está se preparando para a chegada de um paciente que recebeu o diagnóstico da doença na Libéria. O cinegrafista Ashoka Mukpo trabalhava como freelancer da NBC News e contraiu o vírus Ebola enquanto trabalhava no Oeste da África.
Mukpo, de 33 anos, será o segundo paciente infectado a ser tratado na unidade de isolamento especializada do Centro Médico de Nebraska, afirmaram funcionários do hospital. O cinegrafista deverá chegará no hospital nesta segunda-feira. Ele é o quinto americano a ser transferido para os Estados Unidos para tratamento desde o início da epidemia.
“Nós estamos vendo mais pessoas nos chamando, considerando a possibilidade de ebola – que é o que queremos ver”, disse o diretor do CDC. “Nós não queremos que as pessoas não sejam diagnosticadas”.
Frieden disse estar confiante de que a doença não se espalhará amplamente dentro dos Estados Unidos. Autoridades norte-americanas também estão reforçando sua resposta na África Ocidental, onde o ebola representa um enorme desafio, acrescentou. “Mas isso vai levar tempo. O vírus está se espalhando tão rápido que é difícil acompanhar”.
(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)