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Ebola muda a cor do olho de paciente

Segundo o periódico científico The New England Journal of Medicine, médico americano que já estava curado da infecção, teve a cor do olho alterada pelo vírus

Por Da Redação
8 Maio 2015, 14h15

Dois meses após ter sido curado da infecção pelo vírus ebola, o médico americano Ian Crozier foi ao Hospital Universitário Emory, em Atlanta, relatando problemas na visão. O resultado dos exames foi surpreendente e mostrou que o olho do médico estava tomado pelo vírus. A descoberta, publicada quinta-feira no periódico científico The New England Journal of Medicine, é desdobramento inédito da doença, ainda pouco conhecida.

Apesar da contaminação, testes adicionais mostraram que as lágrimas e a superfície do olho de Crozier estavam livres do vírus. Como a transmissão do ebola ocorre por fluídos corporais, isso significava que não havia risco de que ele pudesse ter contamado outras pessoas.

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Mudança na cor do olho – O ebola presente no olho esquerdo de Crozier causou uma infecção conhecida como uveíte. A afecção aumenta a pressão intraocular. O doente tem o olho inchado e dificuldade para enxergar. Crozier foi submetido a uma terapia para tratar da uveite, mas os medicamentos não fizeram efeito — a infecção piorou. Até que um dia, segundo reportagem do The New York Times, Crozier notou ao acordar que sua íris havia mudado de cor — de azul para verde.

Os médicos do Hospital Universitário Emory decidiram então tratar o problema com um medicamento antiviral experimental — o nome do remédio ainda não foi divulgado. Antes de usá-lo, os especialistas pediram autorização para da Food and Drug Administration, agência reguladora americana. O tratamento fez efeito. A infecção sumiu e íris de Crozier voltou a ser azul.

A epidemia de ebola – Segundo a Organização Mundial da Saúde, a epidemia de ebola na África Ocidental já provocou mais de 11 mil mortes. Entre as maiores dificuldades da medicina é descobrir os efeitos da doença nos sobreviventes em longo prazo. Os principais sintomas relatados pelos pacientes curados até agora são: dor nas articulações, fadiga, dor de cabeça, perda auditiva e problemas na vista. Atualmente, também já se sabe que, mesmo após a cura, o vírus permanece no sêmen dos pacientes – por onde pode ser transmitido. E agora, surge mais um sintoma — a mudança na cor da iris.

(Da redação)

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