Droga experimental contra o ebola é enviada para a África
Medicamento ZMapp teve sucesso no tratamento de dois americanos infectados pelo vírus. Surto da febre hemorrágica já matou mais mil no continente africano
Por Da Redação
12 ago 2014, 04h21
(Atualizado às 8h22)
O laboratório americano que desenvolveu um medicamento experimental contra o vírus ebola informou nesta segunda-feira o envio de todas as doses disponíveis à África Ocidental, que enfrenta a mais grave epidemia da infecção em toda a história. Também na manhã desta segunda, um comitê de especialistas em ética médica da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que é ético oferecer medicamentos ou vacinas não comprovados para o tratamento ou prevenção do surto da doença na região.
O medicamento ZMapp, desenvolvido pelo laboratório Mapp Bio em colaboração com uma empresa canadense, é feito a partir de folhas de tabaco. A droga foi administrada em dois americanos que contraíram o vírus na África e se mostrou promissora. Contudo, a fabricação trabalhosa do remédio impossibilita, por enquanto, sua produção em grande escala. “Qualquer decisão de utilizar o ZMapp deve ser tomada pela equipe médica dos pacientes”, assinalou o laboratório em comunicado O Mapp Bio diz ter entregado o medicamento gratuitamente.
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Segundo o último boletim da Organização Mundial de Saúde (OMS), a epidemia de ebola na África Ocidental já matou 1.013 pessoas desde março. Libéria, Serra Leoa, Guiné e Nigéria são os países afetados pelo surto.
O laboratório farmacêutico não informou os países destinatários ou o número de doses enviadas, mas segundo a presidência da Libéria, a Casa Branca e a agência americana de medicamentos e alimentos (FDA) aprovaram o envio “de doses do soro experimental para tratar os médicos liberianos atualmente infectados” pelo vírus. O comunicado revela que o envio é resultado de um pedido direto da presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a Barack Obama. De acordo com o governo liberiano, o envio da droga experimental tem a aprovação da diretora-executiva da OMS, Margaret Chan.
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(Com agência France-Presse)
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