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Combates silenciam com início de cessar-fogo no leste da Ucrânia

Em Donetsk, o principal reduto rebelde, o bombardeio de artilharia parou à meia-noite e não se ouviu nenhum disparo durante a noite

Por Da Redação
15 fev 2015, 09h16

As armas foram silenciadas à meia-noite no leste da Ucrânia, conforme previa um acordo de cessar-fogo. .

Em Donetsk, o principal reduto rebelde, o bombardeio de artilharia parou à meia-noite (20 horas de Brasília) e não se ouviu nenhum disparo durante a noite, após intensos combates nas horas finais antes do cessar-fogo, quando explosões ocorriam a cada poucos segundos. Uma única explosão pôde ser ouvida na parte da manhã em um bairro periférico.

Em território controlado pelo governo, o constante bombardeio parou durante a noite, embora tenha ocorrido uma salva de artilharia em torno pela manhã na direção de Debaltseve, uma cidade estratégica, com entroncamento ferroviário, onde as forças ucranianas haviam praticamente sido cercadas por rebeldes.

O governo ucraniano disse na manhã deste domingo que o cessar-fogo “estava sendo observado”. Suas forças tinham sido atacadas dez vezes desde que a trégua entrou em vigor, mas descrevia esses incidentes como “localizados”, em vez de regulares. Nenhum de seus soldados foi morto nas últimas 24 horas.

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“Ontem e anteontem foram intensos, eles estavam atirando daqui e de lá. Mas hoje está tranquilo e calmo. Tudo está bem”, disse o morador Donetsk Rodion Biralyan. Um oficial ucraniano próximo de Debaltseve afirmou que “o nível geral [de ataques] diminuiu, embora haja violações.”

Washington acusou Moscou de enviar tropas nos últimos dias antes do cessar-fogo para ajudar os rebeldes pró-russos a marcarem ganhos territoriais antes da trégua entrar em vigor. No entanto, o pacto de não-agressão restaurou alguma aparência de calma pela primeira vez desde que os rebeldes pró-Rússia rejeitaram uma proposta no mês passado e avançaram de forma a alarmar países ocidentais.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, disse em uma mensagem televisionada à meia-noite na capital Kiev que ordenou tropas a pararem de disparar, cumprindo a trégua. Mais de 5.000 pessoas foram mortas no conflito que causou a pior crise nas relações Rússia-Ocidente desde a Guerra Fria.

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O presidente russo, Vladimir Putin, nega que Moscou esteja envolvido na luta por território que ele chama de “Nova Rússia”. Autoridades ocidentais citam esmagadora evidência em contrário e Washington e seus aliados impuseram sanção econômica em Moscou.

Ceticismo – O cessar-fogo acordado após uma reunião entre os presidentes da Ucrânia, Rússia, França e Alemanha prevê a retirada de armamentos pesados do leste ucraniano, a retirada das tropas estrangeiras que estão ilegalmente no país, o desarmamento das milícias civis, a libertação de prisioneiros, a anistia para os combatentes, reforma constitucional até o final de 2015 para ampliar a autonomia das regiões de Donetsk e Lugansk, e autonomia para Kiev controlar a fronteira entre Ucrânia e Rússia.

A maioria dos especialistas recebeu com ceticismo o acordo, uma vez que não estão previstos mecanismos concretos para resolver as questões mais sensíveis, como o controle da fronteira com a Rússia, da qual 400 quilômetros estão nas mãos dos rebeldes – e pela qual Moscou infiltra armas e tropas. Um acordo anterior, em setembro, entrou em colapso e as dúvidas sobre a implementação do novo cessar-fogo aumentaram enquanto os dois lados seguiam lutando e discutindo sobre especificidades do acordo. O conflito já matou mais de 5 mil pessoas.

(Com agência Reuters)

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