Chefe rebelde sírio morre em atentado suicida
Radical islâmico Hassan Abud comandava o Ahrar al Sham, um dos principais grupos em luta contra o ditador Bashar Assad
O chefe rebelde Hassan Abud, que comandava uma das principais facções insurgentes da Síria, o Ahrar al Sham (Movimento Islâmico dos Livres do Levante), morreu nesta terça-feira em um atentado suicida na província de Idlib, no norte do país.
O porta-voz da Frente Islâmica (coalizão de grupos rebeldes que inclui o Ahrar al Sham), Islam Alush, disse que, além de Hassan, outros 27 rebeldes morreram na explosão – pelo menos 11 eram comandantes importantes do grupo. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que cerca de 50 membros do grupo estavam reunidos na casa que foi alvo do atentado.
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O Ahrar al Sham é um grupo islâmico linha-dura que se opõe ao ditador da Síria, Bashar Assad, e tenta impor a sharia na Síria. Por alguns meses, foi considerado o grupo insurgente mais forte na guerra civil síria, com 10.000 a 20.000 combatentes. Nos últimos meses, seus membros entraram em choque com os combatentes ainda mais radicais do Estado Islâmico (EI), que tomaram o controle de regiões do território da Síria e do Iraque.
Em fevereiro, outro chefe do Ahrar al Sham, Abu Khaled al Soury, foi morto em um ataque suicida. Soury tinha lutado ao lado do fundador da Al Qaeda, Osama bin Laden, e era próximo do atual chefe do grupo terrorista, Ayman al Zawahri. Na ocasião, o EI foi responsabilizado pelo ataque, mas seus membros negaram a autoria.
A autoria do novo ataque ainda não foi reivindicada por nenhuma facção. Como o regime de Assad não é conhecido pelo uso de terroristas suicidas, a suspeita recai sobre os grupos radicais envolvidos na guerra civil do país. A Síria entrou em guerra civil depois de uma revolta contra o regime do ditador Bashar Assad em 2011. A Organização das Nações Unidas (ONU) recentemente apontou que 191.000 pessoas morreram no conflito.
(Com agências EFE e Reuters)