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ONU: Estado Islâmico quer criar ‘mundo sanguinário’

Destruir terroristas no Iraque e na Síria deverá levar anos, preveem EUA

Por Da Redação
8 set 2014, 11h18

O novo comissário de direitos humanos da ONU, Zeid Ra’ad Hussein, afirmou nesta segunda-feira que os terroristas do Estado Islâmico querem criar um “mundo sanguinário” no Iraque e na Síria. “Eles acreditam que estão agindo corajosamente? Massacrando reféns de maneira bárbara? Eles apenas revelam como seria um Estado takfiri (termo que designa extremistas sunitas). Seria um mundo cruel, mal-intencionado, um mundo sanguinário onde não haveria sombra ou refúgio para os que não forem takfiri“.

“Na mentalidade takfiri, como vimos na Nigéria, no Afeganistão, no Paquistão, no Iêmen, no Quênia, na Somália, no Mali, na Líbia, na Síria e no Iraque, não há amor ao próximo, apenas a aniquilação dos muçulmanos, cristãos, judeus e outros, que, junto com o restante da humanidade, têm uma crença diferente da deles”, acrescentou.

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Em seu primeiro discurso na abertura da 27ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, Hussein classificou como “prioridade imediata e absoluta” o fim dos conflitos no Iraque e na Síria, onde os jihadistas “demonstraram sua indiferença absoluta e deliberada aos direitos humanos”. Ele defendeu a formação de um novo governo no Iraque e a entrada do país no Tribunal Penal Internacional para assegurar que criminosos sejam responsabilizados.

Na próxima quarta-feira, o presidente Barack Obama deverá fazer um discurso detalhando a ofensiva contra os terroristas. Segundo integrantes de sua administração, a campanha contra o Estado Islâmico deverá levar três anos para ser concluída, informou o jornal The New York Times.

A primeira etapa, já em andamento, são os ataques aéreos contra os jihadistas. A segunda, que deverá ter início depois da formação de um governo inclusivo no Iraque, o que pode ocorrer ainda nesta semana, deve envolver o treinamento e a equipagem de militares iraquianos, curdos e possivelmente, membros de tribos sunitas. A terceira e última fase também é a mais controversa, e envolve a destruição dos terroristas em território sírio, o que só deverá ser concluído na administração que suceder a de Obama.

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Israel – Primeiro muçulmano a ocupar o cargo, o príncipe jordaniano Hussein foi ex-embaixador do país na ONU e também foi embaixador nos Estados Unidos e no México. Ele substitui a jurista sul-africana Navi Pillay, nomeada pela primeira vez em 2008 e que em 2012 iniciou um segundo mandato de apenas dois anos, diante da pressão dos Estados Unidos, insatisfeitos com as críticas da comissária às ofensivas de Israel em Gaza.

Se Pillay foi uma dor de cabeça para os EUA e Israel, o novo comissário não demonstrou uma mudança brusca de posição sobre o tema. Zeid pediu o fim do bloqueio israelense a Gaza e defendeu que os palestinos merecem levar uma vida normal, livre de assentamentos ilegais e do que ele chamou de uso excessivo da força. No entanto, ele também apontou que os israelenses “têm o direito de viverem livres de disparos indiscriminados de foguete”.

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(Com agência France-Presse)

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