Parentes de vítimas de navio naufragado recusam indenizações da Coreia do Sul
Os parentes afirmaram que nunca pediram dinheiro ao governo e acusaram os funcionários de “insultar as vítimas” ao oferecer compensações econômicas pelas mortes
Por Da Redação
3 abr 2015, 08h29
Familiares das vítimas do naufrágio da balsa sul-coreana Sewol, que deixou 304 mortos em abril de 2014, recusaram nesta sexta-feira as indenizações oferecidas pelo governo e exigiram uma investigação transparente e a recuperação dos nove corpos que seguem desaparecidos. Dezenas de familiares vestidos de amarelo – a cor que representa a solidariedade às vítimas do Sewol -, e empunhando cartazes em sinal de protesto, se manifestaram hoje na praça de Gwanghwamun, em Seul.
Os parentes afirmaram que nunca pediram dinheiro ao governo e acusaram Seul de “insultar as vítimas” ao oferecer compensações econômicas e ao mesmo tempo bloquear o início de uma investigação neutra sobre o naufrágio. O Executivo abriu nesta semana o processo de solicitação de indenizações, que alcançarão os 420 milhões de wons (cerca de 1,1 milhão de reais) por cada estudante falecido e 760 milhões de wons (2 milhões de reais) por cada professor.
A maioria dos 304 mortos no naufrágio, ocorrido em 16 de abril do ano passado, era adolescentes de um instituto de bacharelado de Ansan, ao Sul de Seul, mas também morreram vários docentes. As indenizações aos demais viajantes e tripulantes que morreram no naufrágio ainda não foram contabilizadas. Após meses de pressões, o governo aceitou no final do ano passado estabelecer uma comissão de investigação independente para apurar responsabilidades, mas tanto familiares como membros da própria comissão acusam Seul de bloquear seu trabalho.
Na manifestação de hoje, os parentes também pediram para o governo tomar medidas para fazer flutuar a embarcação e tirar do mar os nove corpos que, quase um ano depois, ainda não foram recuperados. Quando em novembro do ano passado terminaram os trabalhos de busca dos mergulhadores, o Executivo sul-coreano prometeu buscar o modo de flutuar o navio afundado a 30 metros de profundidade no sudoeste do país e recuperar assim os corpos perdidos, mas ainda não apresentou um plano concreto. O naufrágio foi a maior tragédia humana em décadas na Coreia do Sul e manteve o país durante meses em um estado de luto e comoção.
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