Papa cria secretaria para coordenar atividades econômicas
Novo órgão vai ser comandado pelo cardeal australiano George Pell e seguirá instruções de conselho formado por quinze integrantes
Por Da Redação
24 fev 2014, 14h29
O papa Francisco criou um novo organismo, a Secretaria de Economia, com amplos poderes para coordenar e supervisionar todas as atividades econômicas e administrativas da Santa Sé, informou o gabinete de imprensa do Vaticano nesta segunda-feira. O novo ministério seguirá as diretrizes formuladas por um conselho com quinze integrantes, entre eles oito cardeais ou bispos e sete especialistas laicos em assuntos financeiros de várias nacionalidades, que se reunirão periodicamente para preparar e analisar relatórios sobre atividades econômicas.
Entre as funções da Secretaria de Economia estarão a “criação de um orçamento anual para a Santa Sé e a Cidade do Vaticano”, assim como o planejamento financeiro e atividades de recursos humanos e a apresentação de balanços detalhados das transações realizadas pela Igreja. A Secretaria será comandada pelo cardeal George Pell, atual arcebispo de Sydney, na Austrália.
Para garantir mais transparência e controle das operações financeiras, as mudanças incluem ainda a nomeação de um auditor-geral escolhido pelo papa Francisco, que terá o poder para realizar auditorias em qualquer agência, a qualquer momento.
A criação destes organismos é uma resposta às recomendações feitas pela comissão encarregada de verificar a estrutura econômica e administrativa da Santa Sé. As propostas foram aprovadas na semana passada pelo conselho de cardeais nomeados pelo papa para reformar a Cúria, o chamado G8 do Vaticano, e pela Comissão voltada para analisar os problemas econômicos, chamada de G-15. De acordo com estas recomendações, o papa criou a Secretaria que “terá autoridade sobre todas as atividades econômicas e administrativas da Santa Sé e do Estado do Vaticano”.
Desde o início de seu pontificado, Francisco vem realizando uma série de reformas na estrutura da Igreja, tendo como um dos principais alvos a área financeira e o Instituto para Obras de Religião, o banco do Vaticano, instituição mergulhada em um impressionante rol de denúncias de corrupção e lavagem de dinheiro. Fundado em 1942, o banco do Vaticano teve a imagem seriamente abalada a partir de maio de 2012, quando seu presidente, Ettore Gotti Tedeschi, perdeu o posto sob acusações de irregularidades. As reformas anunciadas nesta segunda, por enquanto, não alteram o papel e a estrutura da instituição.
O departamento conhecido como Administração do Patrimônio da Sé Apostólica, que gerencia as participações financeiras da Santa Sé, vai assumir o papel no banco central do Vaticano, com “todas as obrigações e responsabilidades de instituições similares ao redor do mundo”. A Autoridade de Informação Financeira do Vaticano, criada em 2011 para monitorar a adesão do Vaticano aos padrões bancários internacionais, também será mantida.
A reforma, explicou Lombardi, “tem o objetivo de melhorar a utilização dos recursos, melhorando também a ajuda disponível para os vários programas, entre eles os voltados para o trabalho com os pobres e os marginalizados”.
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