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Organização dos EUA quer figura feminina em nota de US$ 20

Women on 20's, o grupo feminista, deseja substituir representação de Andrew Jackson, sétimo presidente americano, no papel-moeda

Por Da Redação
3 Maio 2015, 16h05

Feministas americanas adotaram como frente de luta o questionamento das efígies masculinas nas notas de dólar. As setes cédulas correntes trazem apenas homens como rosto: os presidentes George Washington (1 dólar), Thomas Jefferson (2 dólares), Abraham Lincoln (5 dólares), Andrew Jackson (20 dólares) e Ulysses S. Grant (50 dólares), o primeiro-secretário do Tesouro, Alexander Hamilton (10 dólares), e um dos fundadores dos Estados Unidos, Benjamin Franklin (100 dólares).

Para as femininas, nenhuma das grandes mulheres da história dos EUA parece reunir, aos olhos do Departamento do Tesouro, méritos suficientes para ter a sua imagem eternizada nas notas de dólar. Vale lembrar que o Tesouro, instituição responsável pela emissão de moeda, é dirigido por homens há 225 anos.

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Em contraponto a essa avaliação, a empresária nova-iorquina Barbara Ortiz fundou em 2014 a organização feminista Women on 20’s (Mulheres na nota de 20, em tradução livre). A ideia é convencer o presidente dos EUA, Barack Obama, de que chegou a hora de pôr o rosto de uma mulher no papel-moeda.

Com poucos recursos, mas muito entusiasmo, a organização lançou neste ano uma campanha na internet para escolher uma mulher que substitua Andrew Jackson na nota de 20 dólares. A Women on 20’s acredita que Jackson, sétimo presidente dos EUA, deve sair do “twenty”, denominação popular da nota, porque assinou em 1830 uma lei que provocou a morte de milhares de nativos americanos. No lugar dele, a Women on 20’s propõe escolher uma entre quatro mulheres pré-selecionadas: Eleanor Roosevelt, esposa do presidente Franklin Delano Roosevelt (1933-1945) e defensora dos direitos de mulheres, crianças e minorias; Harriet Tubman, ex-escrava e líder abolicionista; Rosa Parks, famosa ativista contra a segregação racial; e Wilma Mankiller, primeira mulher chefe da nação dos índios cherokee.

Para formular uma petição popular à Casa Branca, a organização precisa de 100 000 votos de apoio. E já conta com mais do que isso: mais de meio milhão de pessoas já endossou a campanha, e tudo aponta que esse número irá aumentar porque a votação termina em 10 de maio, Dia da Mães. “Muitos homens estão votando também”, disse a organização liderada pela empresária nova-iorquina.

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Famosos – A iniciativa já conta com o apoio de famosos como as atrizes Susan Sarandon e Padma Lakshmi, o ator Alan Cummings, Chelsea Clinton (filha do ex-presidente Bill Clinton e da candidata à corrida democrática Hillary Clinton) e Melinda Gates, esposa do fundador da Microsoft, Bill Gates.

A campanha também chegou neste mês ao Congresso dos EUA, onde os legisladores Jeanne Shaheen e Luis Gutiérrez apresentaram projetos de lei para que o Tesouro convoque um “painel de cidadãos” que analise a idoneidade de um “twenty” feminino.

“Essa nota enviaria uma poderosa mensagem para as minhas filhas, às mulheres jovens do país e às pessoas de todo o mundo que veem os EUA como um exemplo de inclusão e igualdade de direitos”, afirmou Gutiérrez, representante do estado de Illinois.

(Com agência EFE)

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