Obama pede ao Congresso para suspender embargo a Cuba
O presidente americano pediu ao Congresso para que "escute o povo cubano e o povo americano". Ele também confirmou que Kerry vai a Havana reabrir a embaixada dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quarta-feira ao Congresso do país para que “escute o povo cubano e o povo americano” e comece a trabalhar para suspender o embargo econômico sobre Cuba. “Este é um histórico passo à frente em nosso esforço para normalizar as relações com Cuba”, disse o presidente americano após anunciar a reabertura de embaixadas em Havana e Washington em um pronunciamento nos jardins da Casa Branca.
Em seu pronunciamento, Obama cobrou dos congressistas que avancem na legislação necessária para eliminar as restrições que permitam restabelecer as viagens e o comércio entre os EUA e Cuba. As relações diplomáticas com Cuba estavam rompidas desde 1961 e começaram a se normalizar em 17 de dezembro, quando Obama e o ditador cubano Raúl Castro anunciaram que os países voltariam a se aproximar.
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Obama também disse que seu secretário de Estado, John Kerry, viajará nas próximas semanas a Havana para abrir a embaixada americana em Cuba, o que o tornará o representante de mais alta categoria do governo a visitar a ilha em mais de 50 anos. O presidente americano não revelou a data da viagem de Kerry, embora o governo cubano tenha informado mais cedo que as embaixadas serão abertas a partir de 20 de julho.
A abertura de embaixadas encerrará a fase do restabelecimento das relações diplomáticas, mas não a total normalização, já que para isso é necessário, segundo Havana, a suspensão do embargo econômico imposto à ilha em 1962 e a devolução dos terrenos ocupados pela Base Naval de Guantánamo, dois assuntos de difícil resolução, pois ambos dependem de aprovação do Congresso americano, controlado pelos republicanos. Obama já se manifestou ser contrário às sanções, mas a devolução da Base de Guantánamo parece ser um assunto fora da pauta americana.
(Da redação)