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Obama e Raúl Castro vão se encontrar neste sábado, confirma Casa Branca

Assessor da Casa Branca confirmou o encontro ' às margens da Cúpula das Américas' no Panamá, mas não informou o horário que a reunião vai acontecer

Por Da Redação
10 abr 2015, 16h27

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o ditador cubano Raúl Castro vão se encontrar informalmente neste sábado no Panamá, confirmou um assessor da Casa Branca. “Antecipamos que Obama e Castro terão um diálogo amanhã às margens da Cúpula das Américas”, explicou aos jornalistas o assessor adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes. A reaproximação histórica promete dominar a Cúpula das Américas, menos de quatro meses depois do anúncio feito por Obama e Raúl Castro de que pretendiam melhorar as relações e impulsionar o comércio e as viagens entre os dois países. Rhodes, no entanto, não informou o horário que será o encontro entre Obama e Raúl Castro.

Os dois chefes de Estado conversaram por telefone na quarta-feira, antes de Obama deixar Washington, e discutiram o processo de retomada das relações diplomáticas formais e a abertura de embaixadas, informou a Casa Branca. Eles têm agendas separadas na maior parte do dia, mas participarão do início oficial do encontro de cúpula junto com outros líderes regionais na sexta-feira à noite.

Em dezembro de 2013, durante o funeral do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, Obama cumprimentou Raúl pela primeira vez. Um gesto desse tipo não acontecia desde 2000, quando Bill Clinton interagiu brevemente com Fidel Castro após almoço oferecido pelas Nações Unidas aos chefes de Estado que participaram da Cúpula do Milênio. Aquela foi a primeira vez, segundo os registros oficiais, que o então ditador cubano trocou cumprimentos e falou diretamente com um presidente americano no exercício da função desde 1959, quando derrubou o ditador Fulgencio Batista, apoiado pelos Estados Unidos, e instaurou sua própria ditadura na ilha caribenha, com uma estreita aliança com a União Soviética.

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Reaproximação – O secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, se reuniram em um hotel da Cidade do Panamá na quinta-feira à noite, no primeiro encontro entre os principais diplomatas dos países desde 1958. Em mais um sinal de reaproximação, Obama parece estar inclinado a retirar Cuba de uma lista de países que patrocinam o terrorismo. Ter o nome incluído nesta lista implica uma série de sanções automáticas dos EUA.

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Cuba citou sua inclusão na lista como um obstáculo para a restauração completa das relações diplomáticas e a abertura de embaixadas que Obama e Raúl anunciaram em dezembro passado. Washington rompeu relações diplomáticas com Cuba em 1961. Em visita à Jamaica, Obama destacou que o processo de negociações “levará tempo” para a retirada de Cuba da lista. “Nunca previ que tudo pudesse mudar do dia para a noite”. Mas o presidente também avisou que irá para a cúpula com “uma mensagem de diálogo”. Um dos objetivos imediatos da agenda de aproximação é o restabelecimento dos laços diplomáticos e a abertura das embaixadas. No momento, Havana e Washington têm Seções de Interesses, um status diplomático excepcional que os dois países mantêm nas duas capitais desde 1977, sob os auspícios da Suíça.

Entre os pontos de maior atrito estão as indenizações para as empresas americanas nacionalizadas após a revolução cubana; e a exigência de Havana de uma compensação pelas perdas provocadas pelo embargo comercial imposto por Washington à ilha a partir de 1962, que segundo o governo cubano teria provocado um prejuízo de 116 bilhões de dólares (mais de 330 bilhões de reais). Havana também quer a devolução da base naval de Guantánamo, no extremo leste da Ilha, que os Estados Unidos ocupam desde 1903, mas este é um tema tabu para Washington, especialmente porque Obama ainda precisa fechar o centro de detenção que funciona na base, onde permanecem mais de 100 prisioneiros.

(Da redação)

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