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Militares dos EUA chegam à Ucrânia para treinar a Guarda Nacional

A Rússia criticou a presença de soldados americanos no país e afirmou que a ação 'desestabiliza seriamente a situação'. O treinamento irá se estender por seis meses

Por Da Redação
17 abr 2015, 09h07

Trezentos paraquedistas americanos chegaram à Ucrânia para treinar soldados da Guarda Nacional no oeste do país, anunciou nesta sexta-feira o Exército dos Estados Unidos. Os militares, que pertencem à 173º brigada aerotransportada, chegaram a Yavoriv, na região de Lviv, perto da fronteira polonesa, e treinarão 900 soldados da Guarda Nacional ucraniana, informou o Exército em um comunicado. Desde o início da crise na Ucrânia, é a primeira vez que militares ucranianos vão ao país. A decisão americana provocou uma rápida reação de Moscou. “A presença de especialistas de um terceiro país não facilita uma solução do conflito nem a criação de um bom ambiente, e, pelo contrário, desestabiliza seriamente a situação”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência russa Ria Novosti.

A Guarda Nacional ucraniana, subordinada ao ministério do Interior, é composta em parte por voluntários que participaram das milícias de autodefesa do Maidan, o movimento de contestação pró-europeu que invadiu o centro de Kiev em fevereiro de 2014 e foi reprimido pelo governo anterior, que era pró-Rússia. O treinamento durará seis meses, e está previsto que os instrutores americanos sejam substituídos a cada dois meses, segundo o comunicado.

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Os soldados americanos ensinarão técnicas de combate aos ucranianos e também a “manter e reforçar o profissionalismo e a habilidade das equipes militares”, declarou o comandante José Méndez, citado no comunicado. Antes desta decisão, a Rússia já acusava os americanos de encorajar o movimento do Maidan que provocou a queda do regime pró-russo na Ucrânia.

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A destituição do presidente ucraniano anterior, Viktor Yanukovitch, em fevereiro de 2014, desencadeou a anexação da península da Crimeia pela Rússia menos de um mês depois, e um conflito armado no leste separatista da Ucrânia que deixou 6.000 mortos em 11 meses.

A missão de treinamento, divulgada pela primeira vez em agosto do ano passado, deveria ter começado em março, mas foi suspensa até que fossem alcançados novos progressos na implementação de um acordo de cessar-fogo. A trégua continua tecnicamente em vigor, apesar de relatos quase diários de vítimas e de violações do cessar-fogo. A Grã Bretanha já enviou militares para treinar tropas ucranianas, enquanto o Canadá e Polônia se comprometeram a mandar instrutores este ano.

(Da redação)

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