Homem decapitado é identificado; polícia prende a mulher do terrorista

O decapitado era gerente da empresa na qual trabalhava o terrorista Yassin Salhi. Sua mulher disse que não entendeu o que aconteceu e que eles são uma 'família normal'

Por Da Redação
26 jun 2015, 12h37

A mulher de Yassin Salhi, 35, suspeito de autoria no atentado contra uma usina de gás na região de Lyon (cerca de 470 km de Paris), nesta sexta-feira (26), (Emmanuel Foudrot/Reuters)

O homem que teve sua cabeça decapitada nesta sexta-feira em uma fábrica no sudeste da França era o gerente da empresa na qual trabalhava o terrorista que cometeu o crime, informou a polícia francesa. O gerente, no entanto, não teve sua identidade revelada. Prosseguindo a investigação do atentado, a polícia prendeu a mulher do terrorista Yassin Salhi, detido por um bombeiro no local do atentado, na pequena cidade de Saint Quentin Fallavier. O casal Salhi, segundo a imprensa francesa, vivia com seus três filhos há seis meses na cidade de Saint-Priest, distante a menos de 20 quilômetros da empresa atacada. Ainda de acordo com a mídia francesa, a mulher, que também não foi identificada, manifestou surpresa pela prisão de seu marido.

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É a terceira detenção em relação ao atentado, após o do próprio Salhi e o de outro homem que foi visto fazendo um trajeto suspeito nas proximidades da fábrica de gases industriais nas quais aconteceu o ataque. A mulher disse que não entendeu o que tinha acontecido e que ontem teve uma noite “normal” com seu marido. Esta manhã Salhi foi trabalhar às 7h, mas não retornou para o almoço, como fazia regularmente. “Somos muçulmanos normais. Fazemos o Ramadã, temos três filhos e uma vida de família normal”, disse a mulher.

O atentado aconteceu quando um veículo entrou dentro da empresa Air Products, em uma zona industrial a cerca de 20 quilômetros de Lyon, colidiu contra várias botijões de gás dentro da fábrica, o que causou uma explosão. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas. Não há informações se o outro terrorista é o segundo suspeito detido, um dos feridos ou se ele fugiu do local.