Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Governo do Egito declara Irmandade Muçulmana como ‘grupo terrorista’

Com a declaração oficial, feita pelo vice-primeiro-ministro, autoridades do país poderão acusar formalmente pessoas vinculadas ao grupo

Por Da Redação
25 dez 2013, 14h38

O Conselho de Ministros do Egito designou formalmente a Irmandade Muçulmana como um grupo terrorista. O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo vice-primeiro-ministro egípcio, Hosam Issa. A decisão dá às autoridades o poder de acusar qualquer membro do movimento do deposto presidente Mohamed Mursi de ligação com organização terrorista, o que marca uma escalada na repressão do governo sobre o grupo.

Nesta terça-feira, a explosão de um carro-bomba que atingiu a sede da polícia egípcia na cidade de Mansura, cerca de 100 quilômetros ao Norte do Cairo, deixou 16 mortos. Logo após o atentado, o primeiro-ministro interino do Egito, Hazem Beblawi, citou a Irmandade Muçulmana em nota e, mesmo sem culpá-la diretamente, classificou o grupo como organização terrorista – declaração que foi formalizada nesta quarta-feira.

A Irmandade Mulçumana, porém, condenou o atentado. Nesta quarta-feira, o grupo Ansar Beit al-Maqdis (Campeões de Jerusalém), que é ligado à rede terrorista Al Qaeda, assumiu a responsabilidade em um comunicado divulgado na internet. A veracidade da informação, porém, não pode ser absolutamente comprovada, mas o estilo corresponde a mensagens anteriores emitidas pelo grupo no mesmo fórum.

Contexto – Os ataques contra edifícios do governo aumentaram no Egito desde a destituição de Mohamed Mursi, que faz parte da Irmandade Mulçumana, por um golpe militar em 3 de julho. O presidente deposto e outros 132 dirigentes e membros de grupos islamitas estão sendo processados pela Justiça egípcia e respondem por diversas acusações, entre elas manter relações com o grupo radical palestino Hamas, fugir da prisão de Wadi Natrun – onde Mursi esteve preso durante a revolução de 2011, que derrubou o ditador Hosni Mubarak -, incendiar a cadeia e facilitar a fuga de presos.

Outras acusações contra Mursi são a agressão a funcionários do presídio e destruição de documentos. Ele responde ainda por suposto envolvimento na morte de manifestantes em frente ao palácio presidencial, em dezembro de 2012.

Continua após a publicidade

No processo que envolve o contato com o Hamas, o governo xiita do Irã e também seu aliado libanês, o Hezbollah, estão envolvidos outros 35 dirigentes da Irmandade Muçulmana, entre eles o líder Mohammed Badía e Saad Katatni, presidente do Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político do grupo.

Mursi está na prisão Burg al Arab, perto de Alexandria. A Irmandade Muçulmana afirma que as acusações contra seus dirigentes são politizadas e representam uma tentativa do Exército e das atuais autoridades egípcias de legitimar o golpe militar.

(Com agências Reuters, AFP e Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.