O Departamento Justiça dos Estados Unidos publicará nesta segunda-feira transcrições parciais das três conversas telefônicas que a polícia teve com o autor do ataque a boate gay em Orlando, Omar Mateen, anunciou neste domingo a procuradora-geral do país. Loretta Lynch. “Amanhã publicaremos uma transcrição parcial das ligações entre o assassino e os que negociavam a liberação dos reféns para que as pessoas possam saber, de fato, o tipo de interação que existiu”, disse Lynch à emissora ABC News.
“Será parcial porque, por exemplo, não vamos divulgar seus juramentos de lealdade (ao grupo jihadista Estado Islâmico). Estamos tentando fazer com que as pessoas que não passaram por esse horror o vivam novamente. Mas sim, queremos tornar pública toda a informação possível sobre essa investigação”, completou a procuradora-geral. Lynch anunciou, além disso, que viajará na terça-feira a Orlando para se reunir com as vítimas e as equipes de emergência. O incidente na boate Pulse foi o pior ataque a tiros da história dos Estados Unidos, que deixou 50 mortos – incluindo Mateen – e outros 53 feridos no último domingo.
Segundo o FBI, o autor do massacre, um americano de origem afegã, de 29 anos, conversou três vezes com a Polícia de Orlando durante o ataque, realizado com um fuzil AR-15 comprado legalmente. “Ele falou sobre seu juramento de lealdade a um grupo terrorista. Falou sobre suas motivações, sobre por que estava cometendo este horrível ato. Falou sobre a política americana em alguns aspectos”, revelou Lynch, em outra entrevista, desta vez à CNN. A procuradora-geral dos EUA afirmou que as autoridades seguem tentando esclarecer as motivações de Mateen e se o FBI poderia ter atuado de outra forma para evitar a tragédia.
(Com agência EFE)