EUA vão fornecer tecnologia para luta contra o Boko Haram
Militares dizem que equipamentos de comunicação e inteligência serão disponibilizados para ajudar países africanos na luta contra o grupo islâmico
Os militares dos Estados Unidos vão fornecer equipamentos de comunicação e inteligência para ajudar os países africanos na luta contra os terroristas do Boko Haram, disse o comandante das Forças Especiais norte-americanas na África.
Comandantes militares do oeste africano há muito reclamam que a cooperação regional contra grupos como a Al Qaeda no Mali e o Boko Haram na Nigéria, é impedida pela falta de equipamentos de comunicação compatíveis, o que torna difícil a troca de informações e a coordenação.
O general James Linder disse que, como parte de um exercício anual apoiado pelos EUA contra terrorismo – este ano no Chade -, os americanos forneceriam tecnologia que possibilitará aos parceiros africanos comunicarem-se por meio de celulares, rádios e computadores equipados com sistemas de tradução.
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O Boko Haram espalhou o terror pela Nigéria, deixando milhares de mortos, principalmente no nordeste, e mais de 3 milhões de desabrigados, segundo as autoridades do país. Os terroristas também passaram a atacar no Níger, Camarões e Chade.
Nesta terça, os extremistas islâmicos atacaram uma base militar de Camarões perto da fronteira com a Nigéria, matando pelo menos cinco soldados. O ataque ocorreu no momento em que os chefes de Estado dos dez países da África Central concluíam uma reunião na capital Yaounde para planejar a criação de uma resposta militar conjunta contra o grupo.
Os países anunciaram que contribuíram com mais de 50% dos 100 milhões de dólares necessários para combater o Boko Haram. Eles também pediram para que a Nigéria coopere, permitindo que a força-tarefa conjunta multinacional ataque redutos dos terroristas no país.
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Manifestação – Também nesta terça-feira, mais de 30.000 pessoas protestaram contra o Boko Haram e em apoio às forças de defesa e de segurança em Niamey, no Níger. A manifestação foi liderada pelo primeiro-ministro Brigi Rafini e também contou com a presença do presidente do país, Issoufou Mahamadou.
Um forte esquema policial foi montado para acompanhar o protesto, diante do temor de que o Boko Haram realizasse um ataque. A marcha terminou do lado de fora do prédio do Parlamento. “O Níger será o túmulo do Boko Haram”, afirmou o presidente aos manifestantes, que exibiam bandeiras com a frase: “nosso exército, nosso orgulho”.
(Com Estadão Conteúdo e agências Reuters e EFE)