No Panamá, Dilma elogia Obama por política de reaproximação a Cuba
Em discurso com tom demagógico na Cúpula das Américas presidente brasileira falou também sobre proteção ao meio ambiente e educação
A presidente Dilma Rousseff acenou de maneira positiva para o colega americano, Barack Obama, em discurso realizado no começo da tarde deste sábado na Cúpula das Américas, no Panamá. A relação entre Dilma e Obama anda estremecida desde o vazamento da informação de que a presidente havia sido espionada pela Agência de Segurança Nacional americana, a NSA. Dilma elogiou a reaproximação, promovida por Obama, entre Estados Unidos e Cuba, que resultou no fim de diversas sanções americanas à ilha, e pediu também o fim do embargo. “Estamos seguros de que outros passos serão dados, como o fim do embargo”, disse.
Em dezembro passado, em um movimento de reaproximação histórico operado por Obama, os EUA anunciaram que suavizariam as restrições bancárias sobre as remessas de dinheiro para Cuba, e de viagens. Em troca, Havana se comprometeu a libertar 53 cubanos identificados como presos políticos por parte do governo americano. Mas o embargo dos EUA, que consiste em sanções diplomáticas, financeiras, comerciais e econômicas, continua em vigor (leia mais abaixo).
Em um discurso com tom demagógico, Dilma também falou sobre educação, clima e migração. “É preciso ser sensível ao crescimento do fluxo migratório entre países em desenvolvimento”, disse. “Sigamos no sentido oposto da xenofobia e da intolerância.”
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