Atirador de Orlando ameaçou amarrar bombas nos reféns
Segundo a emissora CNN, Omar Mateen também teria ligado para um amigo durante o ataque para se despedir
Omar Mateen, o atirador que invadiu a boate gay Pulse no último domingo, ameaçou amarrar bombas em quatro reféns e posicioná-los de forma estratégica nos quatro cantos do prédio, afirmou o prefeito de Orlando, Buddy Dyer, nessa quarta-feira. A revelação das ameaças feitas pelo terrorista ajudam a explicar a decisão da equipe da SWAT (Special Weapons And Tactics), a unidade de polícia especializada americana, de invadir a boate e a demora para remover os corpos das vítimas do local.
Segundo Dyer, Mateen informou a polícia de suas intenções durante as muitas horas em que manteve os reféns dentro do prédio. Amigos e familiares das pessoas presas na boate que ouviram as ameaças do atirador durante as negociações com a polícia também alertaram as autoridades sobre o possível uso de explosivos. “Verificamos esse fato de forma independente”, afirmou o prefeito ao jornal The New York Times. “Tivemos acesso a um monte de informações de dentro (da boate) e eles diziam que sim, o terrorista estava prestes a vestir [as vítimas com] colete com explosivos”.
Entretanto, a equipe de busca que vasculhou a boate após a morte do atirador não encontrou explosivos no local.
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Ligação telefônica – Segundo a rede CNN, além de ligar para a polícia e para uma emissora de televisão local, Mateen também telefonou para um amigo durante o ataque à boate Pulse para se despedir. A informação foi confirmada à emissora por duas autoridades americanas anônimas.
Também nesta quarta, o produtor da emissora TV News 13 Matthew Gentili revelou que recebeu uma ligação do terrorista. De acordo com Gentili, cerca de 45 minutos após o início do ataque, ele atendeu à chamada de Omar: “Eu sou o atirador. Sou eu”, ele teria dito. Mateen também teria ligado para a polícia minutos antes do tiroteio e jurado lealdade ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
(Da redação)