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Tymoshenko diz que concorrerá à presidência da Ucrânia

Libertada da prisão em fevereiro, a ex-premiê disse que se candidatará em prol da “união da Ucrânia”. A eleição presidencial foi agendada para 25 de maio

Por Da Redação
27 mar 2014, 12h08

A ex-premiê ucraniana Yulia Tymoshenko confirmou nesta quinta-feira que concorrerá à presidência do país nas eleições marcadas para o dia 25 de maio. De acordo com a rede BBC, Tymoshenko disse que pedirá para os líderes de seu partido a escolherem como candidata em uma reunião programada para este sábado. Ela destacou ainda que concorrerá ao cargo em prol da “união da Ucrânia”. A expectativa é de que os adversários da ex-premiê no pleito sejam o ex-campeão mundial de boxe Vitaliy Klitschko e o empresário do ramo de chocolate Petro Poroshenko. Pesquisas apontam que Poroshenko, o homem mais rico do país, é o candidato mais popular entre os três.

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Fundadora do partido Pátria, uma das principais forças políticas do país a fazer oposição ao governo do presidente deposto Viktor Yanukovich, Tymoshenko foi libertada da prisão após as manifestações ucranianas alçarem um gabinete interino ao poder. Ela havia sido condenada por abuso de poder devido a um acordo de venda de gás russo à Ucrânia, fechado a preços escandalosos. Apesar de a acusação de corrupção ser legítima, a condenação de Tymoshenko foi motivada por interesses meramente políticos do governo de Yanukovich, suscitando reações da comunidade internacional.

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A ex-premiê, conhecida mundialmente pelas tranças que usa no cabelo, governou a Ucrânia de janeiro a setembro de 2005 e de dezembro de 2007 a março de 2010. Ela também foi uma das principais líderes da Revolução Laranja, que depôs a primeira gestão de Yanukovich em 2004. A candidatura de Tymoshenko, no entanto, é uma incógnita. Não se sabe ao certo qual é o estado de saúde da ex-premiê, que sofreu com diversos problemas de saúde durante o período em que esteve na prisão. Ao ser libertada, Tymoshenko foi conduzida em uma cadeira de rodas à praça em que os manifestantes a aguardavam na capital Kiev e nesta quinta, ela chegou ao Parlamento ucraniano de muletas.

Outra controvérsia ligada à ex-premiê surgiu durante esta semana. Em meio à crise diplomática desencadeada pela anexação da península da Crimeia ao território russo, jornais ligados a Moscou divulgaram uma conversa telefônica em que uma voz, que seria de Tymoshenko, usa termos pejorativos para se referir aos cidadãos russos que vivem na Ucrânia. Na conversa, que foi postada no Youtube, Tymoshenko diz que “é hora de pegarmos em armas e exterminarmos esses malditos ‘katsaps’ juntos com o seu líder”. O termo ‘katsaps’ é usado na Ucrânia para se referir a cidadãos russos de forma discriminatória. Em um comunicado divulgado após a repercussão negativa do incidente, a ex-premiê disse que o áudio da conversa foi manipulado pelo serviço secreto da Rússia.

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FMI – O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou um pacote de ajuda “entre 14 bilhões e 18 bilhões de dólares” para a Ucrânia, o que eleva a 27 bilhões de dólares a assistência internacional ao país à beira da falência. A ajuda do FMI, que tenta salvar o país da quebra em meio à crise política e militar com a Rússia pela Crimeia, será aprovada quando a Ucrânia adotar as medidas solicitadas em contrapartida, afirmou o chefe da delegação do Fundo enviada a Kiev, Nikolai Gueorguiev. “Esperamos fazer isto até o fim de abril para a primeira parcela”, disse Gueorguiev, que não revelou um valor exato do pacote financeiro.

Mesmo com o auxílio internacional, a previsão é de que a Ucrânia continue enfrentando sérios problemas econômicos. O primeiro-ministro Arseny Yatseniuk disse que o preço pago pela Ucrânia pelo gás russo subirá 79% a partir de 1º de abril, para 480 dólares por cada mil metros cúbicos. Falando ao Parlamento, Yatseniuk disse temer que a alta dos preços do gás seja mais um fator a aproximar o país ainda mais de um desastre econômico. “A Ucrânia está à beira da falência econômica e financeira”, disse. Ele acrescentou que a inflação em 2014 será “algo entre 12 e 14%” e, a menos que leis sejam aprovadas para apoiar medidas de austeridade propostas pelo FMI para estabilizar a economia, o Produto Interno Bruto (PIB) cairá 10% durante o ano e a Ucrânia pode ser forçada a dar o calote em seus pagamentos de dívidas.

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