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‘Não haverá uma nova Guerra Fria’, diz Obama sobre Rússia

Em Bruxelas, o presidente americano rebateu críticas de Vladimir Putin

Por Da Redação
26 mar 2014, 21h53

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afastou nesta quarta-feira comparações entre a atual crise com a Rússia, por causa da anexação da Crimeia, e os conflitos do período da Guerra Fria, salientando que não se trata de uma luta ideológica entre dois blocos de nações, mas da ação de um poder isolado. “Não estamos entrando em outra Guerra Fria. Os Estados Unidos e a Otan não querem nenhum conflito com a Rússia”, disse, ao discursar em Bruxelas. “Ao contrário da União Soviética, a Rússia não lidera nenhum bloco de nações”.

Obama voltou a insistir que novas sanções devem ser adotadas se a Rússia avançar no território ucraniano. “A liderança russa está desafiando verdades que até poucas semanas atrás pareciam evidentes por si só: que no século XXI as fronteiras da Europa não podem ser redesenhadas à força, que a lei internacional importa, que povos e nações podem tomar suas próprias decisões sobre seu futuro”.

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Obama chegou a defender a guerra no Iraque – à qual se opunha quando senador – para rebater o presidente russo, Vladimir Putin, que comparou a anexação da Crimeia à invasão do Iraque. “Mesmo no Iraque, os EUA buscaram trabalhar dentro do sistema internacional. Não reivindicamos ou anexamos território iraquiano. Não nos apoderamos de seus recursos para nosso próprio ganho”, disse, em declarações reproduzidas pelo New York Times. (Continue lendo o texto)

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EUA e Europa – Washington e as nações da União Europeia divulgaram nas últimas semanas sanções contra a Rússia, em uma tentativa de frear os ânimos de Putin. No entanto, a ação coordenada não impediu Obama de criticar os parceiros europeus, como ressaltou o espanhol El País. “É preocupante o baixo nível de investimento em defesa em alguns países da Otan. É algo compreensível, em meio a uma crise que obriga a reduzir os orçamentos. Mas a situação na Ucrânia nos lembra que temos que pagar pelas forças e o treinamento necessário para ter uma Otan com credibilidade”.

O presidente americano disse que o apoio ao governo interino em Kiev não significa que os EUA ou a Europa tenham interesse em controlar a Ucrânia. E ressaltou que interesse há, sim, em uma Rússia forte. “Temos interesse em uma Rússia forte e responsável. Mas isso não significa que a Rússia pode pisotear seus vizinhos”.

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Debandada – O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, general Valeri Gerasimov, anunciou que os militares ucranianos alocados na Crimeia começarão a deixar a península nesta quarta-feira. Eles o farão em um trem e sem suas armas e equipamentos. “Em virtude de um acordo entre os Ministérios da Defesa da Rússia e da Ucrânia, os efetivos das Forças Armadas da Ucrânia e membros de suas famílias sairão da Crimeia em transporte ferroviário”, disse o russo a jornalistas. A Ucrânia ordenou a retirada de suas tropas da Crimeia há dois dias, quando já tinha perdido praticamente todas as suas unidades e navios na península, e negociou até o último momento a possibilidade de sair com seus armamentos, veículos e equipamentos.

Mapa da Crimeia
Mapa da Crimeia (VEJA)

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