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‘Se não avançarmos, deixaremos a mesa’, diz presidente da Colômbia sobre Farc

Desde novembro de 2012, membros da guerrilha e do governo participam de diálogos em Havana, que contam com o acompanhamento internacional de Cuba, Noruega, Venezuela e Chile

Por Da Redação
23 fev 2013, 16h54

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse neste sábado que “se não avançarmos, deixaremos a mesa” de negociações, em alusão às conversações de paz que seu governo celebra com a guerrilha comunista das Farc, em Cuba, desde novembro de 2012. “No processo de paz, o mediador para mim e para o governo, sobre seus avanços ou não, está lá em Cuba”, afirmou o presidente no município de Santa Bárbara, no departamento (estado) de Antioquia (noroeste). “À medida que avançarmos, estaremos satisfeitos, se não avançarmos, deixaremos a mesa. Espero que continuemos avançando. As regras do jogo são muito claras, aqui não há trégua de nenhuma natureza, nem militar, nem judicial, nem mesmo verbal. Estas são as condições que pusemos desde o princípio”.

Desde novembro do ano passado, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo de Santos participam de diálogos em Havana, sem a intermediação de um cessar-fogo. Os diálogos, que contam com o acompanhamento internacional de Cuba, Noruega, Venezuela e Chile, giram sobre cinco pontos: terras e desenvolvimento agrário, participação política, drogas ilícitas, abandono das armas e reparação das vítimas.

Nesta sexta-feira, o líder das Farc, Timoleón Jiménez, pediu a Santos para evitar que o diálogo de paz “afunde em um pântano” devido a “atitudes oficiais”, através de uma carta publicada em seu site na internet. “O que esperamos é que sigamos avançando em Cuba para chegar aos acordos”, disse Santos em um ato público, este sábado, em Santa Bárbara. “E aí, sim, firmar a paz através dos acordos; não de cartas, não de expressões, de manifestações, senão de acordos concretos”.

As Farc exigiram nesta sexta-feira em Havana a verificação dos camponeses deslocados como consequência do conflito bélico por uma comissão conjunta integrada por representantes de governo, sindicatos e outras organizações sociais. A Colômbia sofre há meio século um sangrento conflito armado pela ação de guerrilhas de esquerda, grupos paramilitares, máfias do narcotráfico e as forças armadas do estado, que deixou mais de 3,7 milhões de deslocados, 600.000 mortos e 15.000 desaparecidos.

(Com agência France-Presse)

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