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Procuradora italiana diz que não há dúvidas de que Ruby se prostituía

Mansão em Arcore era sistema de satisfação sexual de Berlusconi, segundo ela

Por Da Redação
13 Maio 2013, 11h41

A procuradora Ilda Boccassini, conhecida por sua combatividade contra o ex-premiê Silvio Berlusconi na justiça italiana, disse nesta segunda-feira que “não há dúvidas” de que a marroquina Karima El Mahroug, mais conhecida como Ruby, prostituía-se. Ilda apresentou nesta segunda-feira ao tribunal de Milão a sua conclusão sobre o Rubygate, caso em que Berlusconi é acusado de pagar por sexo com uma menor de idade, informou o jornal Corriere della Sera.

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Entenda o caso

  1. • A marroquina Karima el-Mahroug, conhecida como Ruby Rubacuore (“Rouba Corações”, em italiano) tinha 17 anos quando contou a magistrados de Milão que compareceu a festas na casa de Berlusconi.
  2. • A jovem, que estava ilegalmente na Itália, foi presa em maio de 2010, por roubar 4.000 euros, e imediatamente libertada após uma ligação do “amigo” poderoso.
  3. • Em janeiro de 2011, a Justiça abriu um processo contra o ex-premiê italiano, que é acusado de abuso de poder (por ter pedido para que Ruby fosse solta) e por incitação à prostituição de menores (pois teria feito sexo com a jovem – o que ambos negam).

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“Arcore era um sistema de prostituição organizado para a satisfação sexual de Silvio Berlusconi”, denunciou Ilda, em referência à mansão do ex-premiê na cidade italiana de Arcore que abrigava as chamadas festas “bunga-bunga” (orgias).

Para a procuradora, Ruby frequentou as festas para “conseguir dinheiro fácil e a possibilidade de trabalhar no mundo do espetáculo, como outras jovens”. “É difícil acreditar que uma moça possa ter milhares de euros fazendo animações”, disse Ilda, segundo a qual a jovem recebia mensagens no celular de conteúdo “constrangedor” e já foi vista fazendo compras em um bairro de lojas de grife em Milão. “Para comprar uma bolsa no quarteirão da moda de Milão, não gastava menos que 1.500 euros”.

Segundo a procuradora, tanto o jornalista Emilio Fede quanto o “caça-talentos” Lele Mora, colaboradores próximos de Berlusconi, sabiam que Ruby era menor de idade quando frequentava as festas bunga-bunga. “Podemos imaginar que uma pessoa com fidelidade como Fede não tivesse dito a Berlusconi que levou a Arcore uma menor de idade?”, questionou Ilda.

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Sonho italiano – “Ruby foi vítima do sonho italiano negativo, das moças das últimas gerações na Itália, que têm como único objetivo entrar no mundo do espetáculo e fazer dinheiro”, disse Ilda. Segundo ela, Ruby inventou uma história dizendo que era muçulmana e vítima de maus-tratos de um pai violento. “Os pais são pessoas humildes que não conseguiram freá-la”, disse.

Além disso, Ilda disse que a versão de Berlusconi, de que resgatou Ruby da prisão por roubar dinheiro de uma colega de apartamento, para evitar um incidente diplomático – segundo ele, Ruby havia lhe dito que era sobrinha do então presidente egípcio Hosni Mubarak – é ridícula. Ruby negou de imediato que era sobrinha de Mubarak assim que a polícia entrou em contato com ela, disse Ilda.

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