Pelo menos cinco pessoas morreram nesta segunda-feira em Deraa, onde as forças de segurança atuaram com violência para reprimir um protesto contra o regime de Bashar al-Assad que acontecia há seis semanas nesta cidade do sul da Síria.
“As pessoas estavam em um carro que foi metralhado”, afirmou uma testemunha, um militante dos direitos humanos, entrevistado por telefone.
“Os minaretes das mesquitas fazem apelos de socorro. As forças de segurança entraram nas casas. Há um toque de recolher e eles atiram contra quem sai de suas casas. Atiram inclusive nas caixas de água nos telhados para deixar os moradores sem água”, completou.
Na última sexta-feira, pelo menos 70 pessoas foram mortas em conflitos com forças de segurança. As mortes ocorreram quando soldados dispararam e lançaram gás lacrimogênio contra manifestantes que protestavam contra o regime sírio em diversas partes do país.
Esse é o maior número de mortos em um único dia desde que os protestos contra o governo do presidente Bashar Al-Assad começaram, em 15 de março. Testemunhas disseram que pelo menos catorze pessoas morreram na localidade de Ezreh, na província de Deraa (ao sul da capital síria, Damasco) – epicentro das manifestações contra o regime de Al-Assad.
(com Agência France-Presse)