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Oposição quer apoio do Exército contra o governo

Manifestantes querem que militares os apoiem para substituir o governo por um 'conselho popular' antes mesmo das eleições antecipadas de fevereiro

Por Da Redação
12 dez 2013, 06h43

Os líderes do movimento contra o governo da Tailândia esperam se reunir nesta quinta-feira com os comandantes do Exército para seu apoio para forçar a queda da primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, e a substituição do governo por um “conselho popular” não eleito. O líder da oposição, Suthep Thaugsuban, solicitou o encontro para expor a necessidade de fazer reformas políticas antes da realização, no dia 2 de fevereiro, das eleições antecipadas convocadas pela primeira-ministra na última segunda-feira, após mais de duas semanas de protestos.

Em comunicado, Suthep pediu leis justas e igualitárias, o fim da corrupção, das fraudes eleitorais e da compra de votos, além de acusar o governo “ilegítimo de Yingluck de ser o principal obstáculo para essas reformas”. “Daremos uma oportunidade para que os chefes de segurança esclareçam sua posição sobre as reformas e para que declarem se estão preparados e com vontade de se posicionar ao lado do povo”, disse o líder opositor. O porta-voz do Exército, Winthai Suwari, garantiu ao jornal local Bangcoc Post que os responsáveis das Forças Armadas se reunirão ao longo do dia para decidir se aceitam o encontro, uma possibilidade que foi rejeitada ontem à noite pelo chefe do Exército, o general Prayuth Chan-Ocha.

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Um grupo de manifestantes retirou a cerca de arame que protegia a Casa do Governo, sede do Executivo, após expirar o prazo dado pela polícia para que deixassem o complexo e cedessem sua custódia aos militares. Dezenas de pessoas continuam acampadas nos arredores do recinto onde se encontra o escritório da primeira-ministra, que pediu o fim dos protestos e convocou eleições gerais antecipadas para o dia 2 de fevereiro do ano que vem.

Suthep se nega a acabar com os protestos, insistiu em afirmar que o governo atual é inconstitucional e mantém sua “cruzada contra o regime de Thaksin”. A atual premiê da Tailândia é irmã do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, que governou o país de 2001 até 2006, quando um golpe militar o derrubou do poder após ele ser acusado de corrupção, nepotismo e abuso das instituições do Estado. Desde então, os seguidores e opositores de Thaksin lutam pelo poder com frequentes manifestações e protestos populares.

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Os protestos contra Yingluck estouraram no país no início de novembro. Os manifestantes são contra um projeto de lei apoiado pelo governo que pretende conceder uma anistia ao irmão da premiê. Com isso, ele não precisaria cumprir uma pena de dois anos de prisão por corrupção. Os tribunais também congelaram milhões de dólares seus em bancos tailandeses, mas a Justiça acredita que ele ainda tenha uma grande quantidade de dinheiro no exterior. Thaksin foi condenado à revelia em 2008, dois anos depois de ser derrubado em um golpe militar. Vive no exílio desde então.

Desde o estabelecimento da monarquia constitucional na Tailândia, em 1932, o país já vivenciou dezoito golpes de Estado ou tentativas de derrubar o governo. A onda atual de protestos já deixou cinco mortos e mais de 200 feridos, segundo informações da imprensa local.

Ex-premiê condenado — A procuradoria da Tailândia acusou nesta quinta-feira, formalmente, o ex-primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva por sua responsabilidade na morte de manifestantes durante a represssão dos protestos antigovernamentais dos ‘camisas vermelhas’ em 2010. O procurador acusou Abhisit pela morte de dois manifestantes, porque seu Governo autorizou o Exército a usar munição real para dissolver os protestos. O procurador também impôs ao atual líder do opositor Partido Democrata uma fiança de 600 000 bats (cerca de 187 000 dólares) e a proibição de abandonar o país. Após a decisão do procurador, Abhisit evitou fazer declarações à imprensa e abandonou o tribunal por uma porta traseira, onde pouco antes tinha sido recebido com gritos de ‘assassino’ por um grupo de ‘camisas vermelhas’.

(Com agência EFE)

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