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Obama insiste na necessidade de atacar Síria mesmo com dúvidas do Congresso

Dennis McDonough, chefe de gabinete de Obama, percorreu neste domingo os programas de televisão para reiterar a importância de uma resposta militar

Por Da Redação
8 set 2013, 20h51

O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, insistiu neste domingo sobre a necessidade de uma intervenção na Síria. Com a publicação de vários vídeos que mostram as supostas vítimas de ataques químicos, a equipe de Obama saiu em defesa da intervenção. Membros do Congresso americano, no entanto, ainda permanecem em dúvidas sobre a ação.

Neste domingo, o chefe de gabinete da Casa Branca, Dennis McDonough, percorreu os programas de televisão dominicais para reiterar a importância de uma resposta militar ao uso de armas químicas na Síria. “Isso não é Iraque ou Afeganistão. Isso não é Líbia. Esse ataque é algo focalizado, limitado e efetivo, para que o presidente sírio Bashar al-Assad não pense que pode fazer isto de novo”, disse McDonough à CNN.

O chefe de gabinete se referiu aos vídeos entregues ao Senado e divulgados neste domingo, em que se veem novas imagens das vítimas. As imagens foram tratadas como provas do uso de armas químicas no ataque do último dia 21 nos subúrbios de Damasco.

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Assad, acrescentou McDonough, deve pagar por sua “responsabilidade” nestes ataques – que, segundo Washington, matou mais de 1.000 pessoas, entre elas 400 crianças. O chefe de gabinete demonstrou confiança de que o Congresso acabará aprovando a autorização pedida por Obama para realizar a intervenção militar “limitada” na Síria.

Política – Neste fim de semana, tanto Obama como o vice-presidente Joe Biden mantiveram contato com legisladores democratas e republicanos para consolidar o apoio por meio de ligações telefônicas e reuniões privadas, disseram fontes do governo. Apesar disso, vários congressistas republicanos de alto escalão mostraram desconforto com a condução da crise por Obama e lamentaram que na última semana o apoio do presidente tenha diminuído no Congresso.

“Acho que está bastante claro que perdeu apoio na última semana”, afirmou o deputado Mike Rogers, presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes, após qualificar de horrível o trabalho realizado pela Casa Branca ao explicar a necessidade do ataque. O deputado republicano por Nova York, Peter King, usou termos semelhantes ao criticar a falta de liderança de Obama. “Gostaria que fosse mais um comandante-em-chefe do que um organizador comunitário”, disse à NBC.

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Mas as críticas e dúvidas não vêm só do lado republicano. No próprio partido do presidente, o democrata, ecoam vozes críticas. “Se fosse presidente, retiraria meu pedido de autorização neste momento”, disse Jim McGovern, deputado por Massachusetts. McGovern não acredita que a proposta conte com respaldo no Congresso. “Acho que o povo vê a guerra como último recurso, e não acredito que pensem que estejamos nesse momento.”

Televisão – Obama deve realizar nesta segunda-feira uma série de entrevistas na televisão para reforçar a importância de retaliar Assad. Na próxima terça-feira, fará um discurso à nação na tentativa de conquistar apoio popular e dos congressistas.

Esta semana o Congresso retoma suas atividades após o recesso. Espera-se que o plenário do Senado submeta a votação à autorização para a ação militar contra a Síria, que depois passaria à Câmara dos Deputados. Por enquanto, uma resolução aprovada pelo Comitê de Relações Exteriores do Senado autoriza, por um prazo máximo de 90 dias, um ataque, mas exclui a presença de tropas americanas no terreno.

No Senado, de maioria democrata, Obama parece contar com perspectivas mais favoráveis, enquanto na Câmara dos Representantes, de maioria republicana, os obstáculos devem ser maiores.

(Com agência Efe)

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