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Na Tunísia, 33 membros da família de Ben Ali são detidos

No mesmo dia, todos os ministros do partido do ex-ditador desligam-se da sigla

Por Da Redação
20 jan 2011, 10h35

A polícia da Tunísia prendeu nesta quinta-feira 33 membros da família do presidente deposto Zine el Abidine Ben Ali e de sua mulher, Leila Trabelsi. Eles são acusado de vários crimes contra o país, informou a imprensa estatal. No mesmo dia, todos os ministros do governo de “união nacional” que ainda faziam parte do partido de Ben Ali, a Assembleia Constitucional Democrática (RCD), renunciaram à legenda.

Ben Ali está refugiado na Arábia Saudita desde a última sexta-feira, quando abandonou o cargo de presidente. Sua fuga veio na esteira de uma série de confrontos de rua entre a população e o exército, ao longo de mais de um mês. O ex-ditador e sua família pertencem ao “clã dos Trabelsi”, cujos membros são acusados da apropriação das riquezas do país, incluindo terras e bens do Estado. Os parentes do presidente deposto foram detidos com joias, relógios e cartões de crédito internacionais. Suas identidades e as circunstâncias das prisões ainda não foram detalhadas, mas todos foram colocados à disposição da Justiça.

A Justiça tunisiana abriu na quarta-feira um processo contra Ben Ali e seus familiares por “aquisição ilegal de bens móveis e imobiliários, depósitos financeiros ilícitos no exterior e evasão de divisas”. A investigação inclui o ex-presidente, sua mulher e os “irmãos, genros e sobrinhos” dela, informou a imprensa estatal, indicando que os bens dos envolvidos “poderão ser desapropriados”.

Renúncia – Diante de tantos escândalos, os ministros remanescentes do RCD decidiram se desligar do partido para não ter mais a imagem ligada à de Ben Ali, como já haviam feito na terça-feira o presidente interino Fued Mebazaa e o primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi. Mas todos mantêm seus cargos de ministros no governo de “união nacional”, anunciado na segunda-feira. Isso deve conter os protestos da população, que não aceitava membros da legenda do ditador na nova administração. Como consequência, o RCD anunciou logo depois a dissolução de seu comitê político, principal órgão de direção.

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O conselho de ministros se reunirá nesta quinta-feira pela primeira vez e abordará novas medidas relacionadas com a anistia e a separação de poderes, assinalaram fontes do Executivo.

(Com EFE e agência France-Presse)

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