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Ministro francês encontra-se com Kerry em reunião sobre caso de espionagem

Ministério das Relações Exteriores da França emite comunicado reiterando que "práticas de espionagem inaceitáveis entre países amigos devem acabar”.

Por Da Redação
22 out 2013, 06h23

Após conversa telefônica, Hollande e Obama concordaram em trabalhar juntos para estabelecer “o alcance exato” da espionagem divulgado pelo jornal

O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, recebeu nesta terça-feira em Paris o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry. No encontro, o francês esperava explicações sobre as denúncias de espionagem em massa feita pelos EUA. Kerry já estava na cidade cumprindo agenda de reuniões. Após a reunião, não houve pronunciamento oficial, o ministério francês apenas emitiu um comunicado no qual assinalou que Fabius havia “renovado (sua) reivindicação por explicações sobre as práticas de espionagem inaceitáveis entre países amigos e que elas devem acabar”.

O departamento de Relações Exteriores também falou sobre outros assuntos abordados na reunião, em particular a situação da Síria, antes da reunião de hoje em Londres do grupo “Amigos da Síria”.

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A reunião entre Fabius e Kerry aconteceu horas depois de o presidente americano, Barack Obama, ter telefonado para o chefe de Estado francês, François Hollande, para falar das novas revelações do jornal Le Monde sobre o programa de espionagem dos EUA que afetou à França. No final da conversa, a presidência francesa emitiu um comunicado afirmando que Hollande manifestou a Obama “sua profunda reprovação em relação a essas práticas inaceitáveis entre aliados e amigos, porque atentam contra a vida privada dos cidadãos franceses”.

O presidente francês pediu explicações a seu colega e, em especial, sobre o conjunto de informações que poderia estar nas mãos do ex-agente americano Edward Snowden, que é a origem dos vazamentos para a imprensa nos últimos meses, inclusive os divulgados pelo jornal Le Monde.

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Os dois chefes de Estado, segundo a presidência francesa, concordaram em trabalhar juntos para estabelecer “o alcance exato” da espionagem divulgado pelo jornal francês. Além disso, “revelaram a intenção de que as operações de coleta de informações devem estar enquadradas, especialmente no âmbito bilateral, para a única luta válida, ou seja, a luta contra o terrorismo”.

O Le Monde, que citou documentos da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) divulgados por Edward Snowden, revelou que em apenas 30 dias, entre dezembro de 2012 e o início de 2013, foram interceptadas 70,3 milhões de comunicações na França.

O jornal, que destacou o caráter “massivo” dessa espionagem, afirmou que os principais alvos da NSA na França não se limitavam a suspeitos de vínculos com atividades terroristas, mas incluíam que também havia empresários e outras pessoas do mundo dos negócios, assim como políticos e funcionários públicos.

(Com agências EFE e AFP)

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