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Israel ataca Faixa de Gaza após disparos de foguetes palestinos

Exército confirmou a operação 'Cerca de Proteção' para diminuir poder de fogo do Hamas. Palestinos e israelenses divergem sobre número de vítimas

Por Da Redação
8 jul 2014, 08h39

A aviação israelense realizou dezenas de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza na madrugada desta terça-feira, após um intenso bombardeio com foguetes contra o sul de Israel por parte de fundamentalistas palestinos do Hamas, informaram testemunhas e fontes da segurança. O número de vítimas dos bombardeios ainda é incerto, com palestinos e israelenses informando dados diferentes. Os palestinos falam em seis mortos e dezenas de feridos, sendo alguns deles mulheres e crianças. Já um comunicado do Exército israelense informa que os ataques deixaram um morto e 40 feridos.

Uma porta-voz israelense confirmou o lançamento de uma operação aérea chamada ‘Limite Protetor’. “O objetivo da operação é atacar o Hamas e reduzir o número de foguetes lançados contra Israel”, disse. Cinco casas foram destruídas nos ataques, três em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, e duas no norte da região. As Brigadas Ezzedine al-Qassam (braço militar do Hamas) advertiram que Israel “ultrapassou a linha vermelha ao atacar casas”. “Se esta política não cessar, reagiremos ampliando a gama de nossos alvos a ponto de surpreender o inimigo”.

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O ex-chefe de governo do Hamas, Ismaïl Haniyeh, emitiu um comunicado pedindo “unidade entre os palestinos na frente política e sobre o terreno, incluindo uma intensa coordenação e cooperação entre todos os membros do nosso povo para enfrentar esta etapa crítica”. Haniyeh destacou que a agressão israelense é uma oportunidade excepcional para a reconciliação entre os palestinos, em referência ao Hamas e à Organização de Libertação da Palestina (OLP), que tentam constituir um governo de união.

Dezenas de foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra o sul de Israel na noite de segunda-feira, sem deixar vítimas, horas após três extremistas judeus confessarem o assassinato de um jovem palestino. O braço armado do movimento islâmico palestino Hamas reivindicou a autoria dos disparos de “dezenas de foguetes” contra o sul de Israel, em “resposta à agressão sionista”.

Segundo o Exército israelense, mais de 40 foguetes foram disparados de Gaza em apenas uma hora, e o sistema de defesa antimísseis destruiu doze no ar. Uma rede de TV de Israel informou que o gabinete de segurança autorizou o Exército “a intensificar as represálias contra o Hamas”. A TV estatal de Israel mostrou dezenas de tanques posicionados na região da fronteira com a Faixa de Gaza, e reservistas foram convocados pelo Exército.

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Confissão – Nesta segunda, três extremistas judeus confessaram ter assassinado um jovem palestino, queimado vivo em Jerusalém. Eles são suspeitos de pertencerem a “uma organização terrorista”, sequestro, homicídio de menor, posse ilegal de armas e crime “por motivo nacionalista”, segundo o site de notícias Ynet. Mohammad Abu Khdeir, de 16 anos, foi sequestrado em 2 de julho em Jerusalém Oriental ocupada e anexada. Seu corpo – completamente carbonizado – foi encontrado algumas horas depois perto de uma floresta na parte oeste da cidade.

Após a descoberta de seus restos mortais, os palestinos acusaram extremistas judeus de terem sequestrado e assassinado por vingança depois do rapto e morte de três estudantes israelenses na região de Hebron, na Cisjordânia, atribuído por Israel ao Hamas. O violento assassinato do jovem palestino, assim como o dos três israelenses, provocou grande comoção. “Sequestrar um menino, matá-lo, queimá-lo até a morte, mas por quê? Nada é mais valioso ou mais exigente na história judaica do que o respeito pela vida humana”, repetiu o presidente israelense, Shimon Peres. O premier israelense, Benjamin Netanyahu, telefonou aos pais de Mohammad Abu Khdeir para expressar sua indignação com o assassinato “abominável”.

Crise da coalizão – Diante da escalada da violência, Netanyahu se comprometeu a “fazer o necessário para recuperar a paz e a segurança” no sul de Israel. Mas convocou o governo a se abster de declarações incendiárias para evitar um confronto generalizado. Esta linha prudente gerou divergências dentro da coalizão conservadora. O ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, um ultranacionalista, anunciou o fim da aliança com o partido Likud, mas sem abandonar o governo. “Não é nenhum segredo que existem divergências fundamentais que impedem trabalhar em conjunto [com o Likud]. Eu não entendo o que estamos esperando”, lamentou o chefe da diplomacia, que exigiu em voz alta uma operação de grande escala contra o Hamas em Gaza.

(Com agências Reuters e France-Presse)

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