Índia: corte acusa formalmente menor envolvido em estupro coletivo
Jovem de 17 anos foi acusado pelo sequestro, estupro e homicídio de estudante em Nova Délhi. Outros cinco réus estão sendo julgados pelo crime
Uma corte indiana acusou formalmente o jovem de 17 anos envolvido no estupro coletivo de uma estudante de fisioterapia em Nova Délhi, em dezembro do ano passado. O menor foi acusado de estupro, homicídio e sequestro. O início do julgamento foi marcado para o dia 6 de março. Se for condenado, poderá ficar no máximo três anos preso em uma instituição reformatória.
Outros cinco acusados de envolvimento no ataque à estudante estão sendo julgados em um processo de via rápida e podem ser condenados à pena de morte. Os cinco réus, com idades entre 19 e 35 anos, negam as acusações.
A decisão de julgar o sexto envolvido como menor de idade foi tomada por um tribunal da infância e adolescência de Nova Délhi e revoltou familiares da vítima. O jovem rejeitou as convocações para ser submetido a testes ósseos que determinariam sua idade. O tribunal então aceitou o histórico escolar do adolescente, em que aparece o dia 4 de junho de 1995 como data de nascimento.
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Ataque – A estudante Jyoti Singh Pandey, de 23 anos, foi atacada em um ônibus na capital indiana quando voltava de uma sessão de cinema com outro jovem. Os dois foram agredidos com barras de ferro e jogados, sem roupas, para fora do veículo. Esperaram vários minutos até serem resgatados por policiais e levados ao hospital. A jovem não resistiu aos ferimentos e morreu dias depois.
O caso levantou uma onda de protestos na Índia. Em um país onde os abusos são comuns, os manifestantes pediam o fim da impunidade e punições mais severas para crimes de estupro.
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