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Amigo de vítima de estupro na Índia é ouvido em julgamento

Ele é a primeira entre as cerca de 80 testemunhas convocadas pela acusação. Rapaz acompanhava a estudante no dia do crime e também sofreu agressões

Por Da Redação
5 fev 2013, 12h15

O homem que acompanhava a jovem estudante indiana vítima de estupro coletivo no dia do crime testemunhou nesta terça-feira, primeiro dia de depoimentos no julgamento dos cinco acusados pelo ataque. Ele é uma das cerca de 80 testemunhas convocadas pela acusação. As audiências tiveram início há duas semanas em um tribunal do sul da capital indiana, em processo de via rápida, e devem durar cerca de um mês. Os cinco réus, com idades entre 19 e 35 anos, negam as acusações.

A testemunha, de 28 anos, também foi agredida no dia do ataque e ainda precisa usar uma cadeira de rodas devido aos ferimentos. O juiz proibiu a divulgação dos procedimentos do tribunal e de detalhes dos depoimentos e ordenou que os advogados não falem com jornalistas. Os cinco réus respondem por estupro, homicídio e sequestro – a jovem estudante morreu menos de duas semanas depois do ataque, em decorrência dos ferimentos.

Na semana passada, um tribunal da infância e da adolescência de Nova Délhi confirmou que o sexto suspeito de ter participado do estupro coletivo será julgado como menor de idade. A corte considerou que o acusado tinha 17 anos na época do crime, mesmo depois que o jovem rejeitou as convocações para ser submetido a testes ósseos que determinariam sua idade. O tribunal aceitou o histórico escolar do adolescente, em que aparece o dia 4 de junho de 1995 como data de nascimento. Se for considerado culpado, ele cumprirá no máximo três anos de prisão, o que causou revolta entre os familiares da vítima.

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Punições mais severas – O ataque provocou indignação na Índia e no mundo. Desde então, vários protestos pediram reformas nas leis indianas, bem como uma mudança no comportamento cultural e nas leis do país. Uma comissão jurídica foi criada depois do caso da estudante para revisar a legislação relativa a crimes sexuais na Índia. O grupo recomendou julgamentos mais rápidos e punições mais severas – as sugestões foram acatadas pelo presidente Pranab Mukherjee, mas ainda devem ser ratificadas pelo Parlamento.

A nova legislação prevê a pena de morte para casos de estupro que resultam em morte ou em um “estado vegetativo permanente”, afirmou a rede BBC. Apesar de os acusados pelo estupro e morte da estudante em Nova Délhi correrem o risco de serem condenados à pena de morte, na Índia este tipo de punição só é aplicada em casos raríssimos. Em novembro, o único sobrevivente envolvido em um ataque terrorista realizado em 2008, em Mumbai, foi enforcado. Foi a primeira execução registrada no país em oito anos.

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Outra mudança estabelece uma pena mínima de 20 anos de prisão para condenados por estupro coletivo, estupro de menor de idade, estupro realizado por policial ou autoridade – atualmente, quem é condenado por algum desses crimes fica entre sete e dez anos preso. Também passaram a ser mais rigorosas as punições para casos de voyeurismo, perseguição e ataques com ácido. Antes do caso da jovem estudante, que teve grande repercussão, o abuso sexual era tratado como um crime relativamente menor, e poucos infratores eram processados.

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