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Ghani lidera disputa presidencial marcada por denúncias de fraude

Candidato tem 56% dos votos, contra 44 de Abdullah Abdullah, mas cerca de 7.000 sessões de votação ainda serão auditadas por comissão eleitoral

Por Da Redação
7 jul 2014, 17h29

A comissão eleitoral do Afeganistão anunciou nesta segunda-feira resultados preliminares da disputa presidencial, apontando liderança do ex-ministro das Finanças Ashraf Ghani, com 56% dos votos, contra 44% do ex-chanceler Abdullah Abdullah. O resultado, no entanto, ainda pode mudar, já que os votos de 7.000 das 23.000 sessões serão auditados diante de acusações de fraude dos dois candidatos.

O chefe da comissão eleitoral Ahmad Yusuf Nuristani admitiu que houve “alguns equívocos no processo” e ressaltou que os resultados podem mudar. “O anúncio dos resultados preliminares não significa que o candidato na liderança é o vencedor”, destacou.

O resultado final deve ser conhecido no próximo dia 22. Depois do primeiro turno, em abril, o ex-ministro das Relações Exteriores estava liderando com 45% dos votos, contra 31,5% de Ghani. Porta-voz de Abdullah, Mahmud Saikal rejeitou os resultados preliminares divulgados nesta segunda. “Tudo o que for liberado pela Comissão Eleitoral não tem qualquer reconhecimento para nós”. O segundo turno foi realizado no dia 14 de junho.

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Abdullah tem sua base de apoio na minoria tadjique no norte do país. Ghani conta com o apoio de tribos pashtun no sul e leste do país. No Afeganistão, as diferenças são étnicas e religiosas: a maioria pashtun é sunita, e os xiitas pertencem às minorias hazara e tadjique. O novo presidente, que deverá assumir o cargo no início de agosto, será o substituto de Hamid Karzai, também pashtun, na primeira transferência democrática de poder no Afeganistão.

O atual presidente é acusado por Abdullah de favorecer Ghani na disputa eleitoral. O segundo colocado afirma que só vai aceitar o resultado se tiver provas de que os votos fraudulentos foram desconsiderados. O chefe da comissão eleitoral informou que, antes do anúncio do resultado preliminar, mais de 11.000 votos de quase 2.000 sessões de votação já foram anulados. Segundo Nuristani, cerca de 60% eram a favor de Ghani e o restante para Abdullah.

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Potências ocidentais, especialmente os Estados Unidos, torciam por um processo eleitoral tranquilo, que abrisse caminho para a retirada das tropas estrangeiras que estão no país há mais de uma década. A força da Otan concluirá sua missão no Afeganistão no final deste ano, mas os EUA anunciaram que vão manter 9.800 soldados no país até retirada total, no final de 2016.

Project Syndicate: Realizar eleições no Afeganistão será tarefa difícil

“Pedimos às duas campanhas e seus seguidores que cooperem com as auditorias e evitem declarações e ações provocativas”, disse a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki, em comunicado. O texto ressalta a necessidade de uma revisão “completa e minuciosa” das queixas de irregularidades para garantir a confiança dos afegãos na “integridade” do processo eleitoral, de modo que o novo presidente seja “claramente aceito” dentro e fora do país.

Depois de ser derrubada do comando do país e substituída por um governo apoiado pelo Ocidente, a milícia fundamentalista Talibã, uma das mais cruéis no mundo, ainda dá demonstrações de força em constantes ataques, como o que matou o chefe da polícia de Herat, no oeste do país, nesta segunda.

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(Com agências Reuters e EFE e Estadão Conteúdo)

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