FBI investiga cartas contaminadas enviadas ao Senado
Imprensa também teria recebido correspondência com agentes infecciosos
A polícia de Nova York e o FBI investigam a origem de cartas contaminadas com agentes infecciosos enviadas ao Senado dos Estados Unidos e a vários meios de comunicação da cidade, informou nesta quarta-feira a rede de televisão NBC.
Fontes oficiais ligadas à investigação e ouvidas pela emissora indicaram que as mensagens teriam sido enviadas a Nova York, localizada na costa leste do país, pelo serviço postal regular da cidade de Portland, estado do Oregon, na costa oeste, e que 10% dos envelopes conteriam “perigosos patógenos”.
Segundo as autoridades, o autor das cartas se expressa contrário às corporações e à situação da economia americana e disse ter enviado mensagens similares a cada senador americano, assim como a vários meios de comunicação. Um dos escritórios distritais do presidente da Câmara de Representantes, John Boehner, recebeu na terça-feira um envelope contendo um pó, que acabou se descobrindo uma substância inofensiva.
As autoridades de Nova York alertaram os principais meios de comunicação sediados na cidade sobre a possibilidade de receberem esse tipo de correspondência nos próximos dias, enquanto o FBI monitora as cartas para tentar identificar o autor dos ataques.
Antraz – Em 2001, alguns dias após os ataques contra o World Trade Center, diversas cartas contendo pó com antraz foram enviadas para meios de comunicação e políticos americanos. Cinco pessoas morreram nos ataques e outras 17 foram contamidas, a grande maioria funcionários dos correios. Na época, as autoridades não conseguiram descobrir quem estava por trás das cartas. Em 2008, quando o FBI focava a investigação no microbiólogo americano Bruce Edwars Ivins, o principal suspeito até então, ele morreu em um aparente suicídio. Dois anos depois, as autoridades encerraram o caso e consideraram Ivins o autor do atentado.
(Com agência EFE)