EUA punem russos acusados de violar direitos humanos
Rússia advertiu que divulgação de nomes prejudicará gravemente relações
Os Estados Unidos publicaram uma lista de autoridades russas proibidas de entrarem no país devido a acusações de violação de direitos humanos. Anteriormente, a Rússia havia advertido que a divulgação dessa lista poderia prejudicar ‘gravemente’ a relação diplomática entre os dois países.
A lista foi a primeira originada sob a lei Magnitsky, aprovada pelo Congresso americano no ano passado para punir autoridades russas ligadas a violações dos direitos humanos. Dezesseis dos dezoito nomes da lista são de pessoas que estariam ligadas à morte do advogado Sergei L. Magnitsky, preso em 2008 por evasão fiscal e que morreu na prisão no ano seguinte, em circunstâncias não esclarecidas.
Ele havia acusado policiais russos de roubarem 230 milhões de dólares dos cofres públicos em um esquema de fraude fiscal. Familiares do advogado e grupos de direitos humanos dizem que ele foi espancado e teve tratamento médico negado enquanto esteve preso.
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“Temos nossas diferenças com a Rússia. Temos divergências sobre direitos humanos às vezes e nós somos muito francos e sinceros sobre isso”, disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
Autoridades russas advertiram sobre a possibilidade de o país responder à lista de várias formas, desde a imposição de restrições similares a viagem de cidadãos americanos à redução de cooperações em outras áreas, informou o jornal The Washington Post.
O jornal afirma que a primeira resposta de Moscou foi o silêncio, resultado de um certo alívio por a lista ser relativamente curta e não incluir membros da cúpula do governo Vladimir Putin.
Depois da aprovação da lei que leva o nome do advogado, a Rússia já havia apresentado uma reação. O presidente Putin aprovou uma lei que proíbe americanos de adotarem crianças russas. A lei ficou conhecida como Dima Yakóvlev, em referência a um menino russo de 2 anos que morreu nos Estados Unidos por negligência do pai adotivo.