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EUA declaram ter consertado site do Obamacare

Autoridades disseram que o site agora pode agora suportar ao menos 800 000 visitantes por dia, sem quedas no sistema

Por Da Redação
1 dez 2013, 14h26

A administração Obama comemorou uma pequena vitória neste domingo em seus esforços de conseguir fazer com que o site HealthCare.gov funcione normalmente para a ampla maioria dos usurários. O governo afirmou que o site, plataforma on-line da reforma do sistema de saúde chamada de Obamacare, alcançou a meta de lidar com 50 000 usuários de forma simultânea após cinco semanas de seguidas ‘falhas técnicas’ e frequentes embaraços para o presidente Barack Obama.

Em um relatório de progresso e desempenho de seis páginas, autoridades da administração disseram que o site pode agora atender ao menos 800 000 visitantes por dia, sem quedas no sistema em pelo menos 90% do tempo. Os novos níveis de desempenho marcam uma melhora significativa após o desastroso lançamento do site do Obamacare em 1º de outubro, quando o sistema caiu diante do alto volume de tráfego e permaneceu abaixo da marca de 60% do tempo por semanas. Segundo relatório do próprio governo, apenas seis pessoas – isso mesmo, seis pessoas – conseguiram completar a operação de se alistar no plano de saúde universal no dia de estreia do site.

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A série de problemas técnicos causou um enorme vexame para a administração Obama, afetando justamente uma de suas principais promessas de campanha que o elegeu em 2008, a inclusão dos milhões de americanos sem plano de saúde sob as asas do Obamacare. Avisos de “tente mais tarde”, lentidão e interrupções abruptas logo se tornaram uma marca registrada do website.

O sistema on-line deveria ser a vitrine do Patient Protection and Affordable Care Act, a lei da proteção ao paciente e assistência médica acessível, parte da ampla reforma da saúde proposta por Obama (leia mais na lista abaixo). O presidente propagandeou sua iniciativa como uma forma de garantir cobertura para os 15,4% da população, ou cerca de 48 milhões de pessoas, que não possuem cobertura médica, segundo dados do censo americano, e melhorar os serviços das pessoas que já possuem planos. Para as pessoas que não conseguirem pagar os planos oferecidos no site, o governo propõe subsidiar o valor.

Mas as autoridades continuam preocupadas com os altos volumes de acesso deste mês, devido à possibilidade de um grande número de pessoas acessarem o site para se inscreverem para receber cobertura de seguro a partir de 1º de janeiro.

Histórico – Aprovada em março de 2010, a reforma do sistema de saúde, uma das principais promessas da campanha que elegeu Barack Obama em 2008, foi contestada judicialmente e o processo foi parar na Suprema Corte dos Estados Unidos. Em junho de 2012, a Corte máxima americana aprovou por cinco votos a quatro da lei da proteção ao paciente e assistência médica acessível. O tribunal considerou constitucional toda a reforma de saúde, inclusive o chamado Obamacare e sua disposição mais contestada, a proposta de tornar obrigatório a todos os americanos, exceto aqueles que vivem abaixo da linha da pobreza, adquirir um plano de saúde. A decisão representou uma vitória para Obama e vitaminou sua bem-sucedida campanha de reeleição, em novembro, contra o rival republicano Mitt Romney.

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Os republicanos, no entanto, contra-atacaram. Em setembro, a Câmara dos Representantes, sob forte influência da ala mais conservadora do Partido Republicano, o Tea Party, não conseguiu votar um plano para aumentar o teto da dívida americana e eliminar a ameaça de um calote do governo. O principal ponto de desentendimento entre democratas e republicanos era justamente o plano de reforma da saúde que deveria entrar em vigor em outubro. Segundo cálculos do próprio governo dos EUA, o programa vai custar em torno de 600 bilhões de dólares por ano – cerca de 17% do PIB americano. Os custos anuais, porém, podem crescer. A secretaria de Saúde americana projeta que entre 2013 e 2022, seus gastos com os programas federais vão aumentar em média 5,8% ao ano. E esse crescimento pode elevar os custos sob a rubrica saúde para 19% do PIB em 2022. Enquanto a maioria republicana na Câmara manobrava para excluir os gastos com a nova lei de saúde do país, o Senado se negava a aprovar um novo orçamento sem a inclusão dessas despesas.

Com isso, a partir de 1º de outubro, os serviços considerados ‘não essenciais’ dos Estados Unidos ficaram paralisados até que o Congresso chegasse a um acordo sobre o orçamento para o ano fiscal 2013-2014. A paralisação de quase 1 milhão de funcionários de órgãos federais dos EUA durou até 16 de outubro, quando o Congresso aprovou a legislação para elevar a capacidade de endividamento do Tesouro. A paralisação custou, segundo levantamento, mais de 2 bilhões de dólares (4,6 bilhões de reais) à economia do país.

(Com agência Reuters)

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