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EUA: comissão aprova texto autorizando intervenção na Síria

Texto que prevê ação limitada em resposta a ataque químico ainda será analisado pelo plenário

Por Da Redação
4 set 2013, 16h59

A Comissão de Relações Exteriores do Senado americano aprovou nesta quarta-feira uma resolução autorizando o uso da força militar na Síria. A ação é uma resposta ao ataque químico do governo sírio que deixou mais de 1 400 mortos há duas semanas, segundo a Casa Branca. O texto deverá ser analisado na próxima semana pelo plenário do Senado – e também precisará ser aprovado pela Câmara dos Deputados. A aprovação mostrou que os parlamentares estão divididos: foram 10 votos a favor e 7 contra.

Amplamente debatida pelos integrantes da comissão, a resolução prevê que a intervenção ocorrerá pelo prazo máximo de 90 dias e impede o envio de tropas à Síria. É uma ação mais limitada do que a proposta originalmente pelo presidente, mas atende ao objetivo da administração Obama de realizar uma ação punitiva na Síria. Muitos congressistas, no entanto, temem que esta ação leve os EUA a mais uma guerra prolongada.

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Os termos da resolução foram divulgados na noite de terça. A aprovação, nesta quarta, veio depois de ter sido acrescentado um trecho indicando que a meta dos EUA é “alterar a dinâmica no campo de batalha” da guerra civil, no sentido de forçar Bashar Assad a concordar em negociar uma solução para o fim do conflito e uma transição para a democracia. A emenda foi promovida pelo republicano John McCain e pelo democrata Chris Coons, que também defenderam que o governo amplie seus esforços para fornecer apoio letal e não letal aos rebeldes, informou o Wall Street Journal.

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Com maioria democrata, o Senado deverá passar a resolução na próxima semana. No entanto, o debate sobre a crise na Síria tem se mostrado uma questão bipartidária no Congresso americano. Na comissão, a maioria dos que votaram a favor foi democrata, mas também houve votos de republicanos. O grupo dos contrários à resolução também reuniu congressistas dos dois partidos.

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Os líderes da comissão, o democrata Robert Menendez, presidente do colegiado, e o republicano Bob Corker, pressionaram por um texto limitando a duração e a natureza dos ataques. Enquanto nomes como McCain defendiam que o escopo da ação fosse mais amplo, para atingir o regime.

Uma alteração proposta pelo republicano Rand Paul, que liderava a oposição aos ataques, não avançou. Ela declarava que a autoridade do presidente para agir unilateralmente teria efeito apenas quando a nação fosse atacada, informou o jornal The New York Times.

A aprovação ocorreu horas depois de o presidente Barack Obama afirmar que o mundo “não pode se calar diante da barbárie na Síria” e ressaltar que a ‘linha vermelha’ para o conflito não foi traçada por ele, mas pela comunidade internacional. “O mundo estabeleceu a linha vermelha quando os governos que representam 98% da população mundial assinaram um tratado proibindo o uso de armas químicas em guerras”.

Rebeldes – O secretário de Estado John Kerry esteve na Câmara dos Deputados nesta quarta para defender a intervenção. Ele afirmou que os extremistas correspondem a aproximadamente 15% a 25% dos cerca de 100 000 opositores ao regime. Apesar da imprecisão, a estimativa parece apontar para um cenário mais preocupante do que o demonstrado pelo secretário na terça, quando falou com senadores e afirmou que a oposição a Assad estava se tornando mais moderada.

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Kerry disse ainda que a chance de o ditador sírio usar armas químicas de forma rotineira é de “100%”, a menos que o Congresso endosse a ação militar americana. Obama reafirmou mais cedo que ele pode ordenar um ataque contra a Síria mesmo sem a autorização do Congresso, mas ponderou que o apoio dos congressistas vai tornar a resposta americana mais forte.

O chefe do Pentágono, Chuck Hagel, também conversou com os deputados e defendeu que um ataque reduziria a capacidade militar da Síria. Disse ainda que os custos da operação seria de “dezenas de milhares” de dólares.

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