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Em referendo, egípcios aprovam nova Constituição

Segundo agência estatal, cerca de 90% dos eleitores aprovaram o novo texto

Por Da Redação
15 jan 2014, 23h16

Após dois dias de votação, os egípcios aprovaram a nova Constituição do país, informaram fontes oficiais, citando resultados preliminares do referendo. A agência estatal de notícias afirma que cerca de 90% dos eleitores votaram ‘sim’ no referendo sobre o texto apresentado pelo governo interino que comanda o país desde a deposição do presidente Mohammed Mursi, em julho do ano passado.

A agência não mencionou o comparecimento às urnas, mas fontes do Ministério do Interior acreditam que a taxa superou os 55%. Um grande comparecimento dos eleitores representaria uma forte aprovação ao governo provisório apoiado pelos militares. E abriria caminho para uma candidatura do comandante das Forças Armadas, general Abdel Fattah al-Sisi, visto por apoiadores como um homem forte, capaz de restaurar a estabilidade em um país afundado em crises política e econômica há quase três anos. Estabilidade não alcançada desde a saída de Mursi, período em que muitos morreram em confrontos, milhares foram detidos e os atentados se multiplicaram.

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No primeiro dia de votação, nove pessoas foram mortas em confrontos entre policiais e apoiadores da Irmandade Muçulmana, grupo radical islâmico que levou Mursi ao poder. Nesta quarta, houve mais protestos, inclusive perto do palácio presidencial, mas não houve registros de mortes. Segundo o Ministério do Interior, mais de 400 pessoas foram presas durante os dois dias de votação. (Continue lendo o texto)

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A Irmandade Muçulmana, que não reconhece o governo interino, convocou um boicote à votação, que consideram parte do golpe contra o presidente eleito. Ao longo de oito décadas, os radicais acreditaram que seu sonho de um Estado governador pela sharia, a lei islâmica, se tornaria realidade. Quando a junta militar atendeu ao apelo da população e depôs Mursi, o sonho foi frustrado. E os protestos dos simpatizantes da Irmandade tornaram-se quase diários. Houve massacre de manifestantes, lideranças do grupo foram presas – assim como Mursi, preso no dia do golpe – e o governo declarou a Irmandade uma organização terrorista.

Durante o governo Mursi, uma Constituição foi aprovada em apenas um dia por uma assembleia dominada por radicais islâmicos depois que os parlamentares seculares se retiraram das sessões em protestos contra a supressão de artigos essenciais, como o que dava às mulheres os mesmos direitos dos homens. A Constituição foi referendada em votação com baixo comparecimento às urnas – apenas 33% do eleitorado. Este texto foi revogado no mesmo dia em que Mursi foi obrigado a deixar a Presidência.

O novo texto retira a linguagem islâmica incluída na carta anterior e reforça os órgãos do governo que derrotaram o ex-presidente: o Exército, a polícia e o Judiciário. O governo interino prometeu realizar eleições legislativas e presidencial depois da realização do referendo.

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