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Em madrugada sangrenta, Egito conta dezenas de mortos

Irmandade Muçulmana acusa as tropas do governo de ter promovido um massacre contra partidários de Mursi. Número de mortos pode passar de cem

Por Da Redação
27 jul 2013, 06h28

Enfrentamentos entre partidários do presidente deposto Mohamed Mursi e forças de segurança do Egito deixaram dezenas de mortos e centenas de feridos na madrugada e na manhã deste sábado no Cairo. Os confrontos aconteceram principalmente no distrito de Cidade Nasser, na capital egípcia, onde a maior parte do grupo que apoia Mursi estava concentrada ao redor da mesquita de Rabaa al-Adawiya.

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O porta-voz da Irmandade Muçulmana, Gehad El-Haddad, afirmou que o conflito teve início no final da madrugada, quando a polícia teria avançado sobre barricadas montadas pelos partidários de Mursi. Gehad acusou as tropas do Exército de ter promovido um massacre contra os islamitas. “Eles estavam atirando para matar”, disse ele. Segundo o grupo político, que fornecia a principal base de apoio ao ex-presidente do Egito, há mais de cem mortos e pelo menos mil pessoas feridas – número confirmado pela equipe médica do principal hospital do distrito. A filial egípcia da rede Al Jazeera fala em 120 mortos e 4 mil feridos, enquanto o Ministério da Saúde do Egito confirma apenas 20 mortes.

Relato – O correspondente da rede britânica BBC Quentin Sommerville relatou em seu Twitter cenas de carnificina no hospital do distrito de Cidade Nasser, com cirurgias sendo realizadas nos corredores, pessoas com os membros amputados e o chão do local escorregadio por causa das poças de sangue. Sommerville descreveu que mesmo do lado de dentro ainda era possível ouvir o som de rajadas de metralhadora e informou que muitos dos corpos que chegavam exibiam marcas de tiro no peito e na cabeça.

Disputa – ​Os sangrentos confrontos deste sábado acontecem um dia depois que um tribunal do Cairo decretou a prisão preventiva de Mohamed Mursi, acirrando ainda mais as divisões entre os grupos pró e contra o ex-presidente. Nos últimos dias, tanto o Exército quanto a Irmandade Muçulmana têm convocado manifestações rivais para medir suas forças. Enquanto os manifestantes favoráveis aos militares se concentram na icônica Praça Tahir e exaltam o general Abdel Fattah al-Sisi, responsável pela deposição de Mursi, os islamitas da Irmandade ocupam os arredores da mesquita de Rabaa, no Cairo, e a Praça al-Nahda, em Giza.

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