Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Duzentos mil manifestantes pró-UE protestam em Kiev

Por Da Redação
8 dez 2013, 09h10

Ao menos duzentas mil pessoas protestam neste domingo em Kiev, contra a decisão do presidente Viktor Yanukovich de não assinar um acordo de associação com a União Europeia. Os manifestantes se reúnem na Praça da Independência, o local emblemático da revolução pró-ocidental de 2004, a chamada Revolução Laranja.

“Estamos aqui pelo futuro europeu da Ucrânia, por nossos filhos e netos. Queremos que a justiça reine em todo o mundo e que o poder deixe de roubar”, declarou à AFP um aposentado de 52 anos, Viktor Melnichuk.

“A política não me interessa, mas há tantas coisas que me deixam indignada… A gota d’água foi terem espancado estudantes”, declarou uma jovem de 26 anos, Marianna Vajniuk, referindo-se à dispersão à força no dia 30 de novembro de uma manifestação que deixou feridos, principalmente estudantes.

A tensão aumentou na Ucrânia após uma reunião na sexta-feira entre Yanukovich e o presidente russo Vladimir Putin para falar de um acordo de associação estratégica entre os dois países.

A oposição denunciou no sábado a intenção de Yanukovich de assinar este acordo com o objetivo de fazer a Ucrânia aderir à união aduaneira de repúblicas soviéticas liderada por Moscou.

“Segundo nossas informações, o projeto de acordo sobre a associação estratégica está pronto, mas Yanukovich não se atreveu a assiná-lo”, declarou no sábado Arseni Yatseniuk, um líder da oposição.

Continua após a publicidade

Segundo a revista The Economist, em virtude deste acordo estratégico a Ucrânia receberia bilhões de dólares em créditos e entraria na união aduaneira.

No entanto, segundo Dimitri Peskov, porta-voz do presidente russo, a adesão de Kiev à união aduaneira não foi um dos temas da reunião. A presidência ucraniana também não forneceu detalhes do encontro.

Os rumores deste possível acordo com a Rússia foram recebidos com preocupação nas fileiras da oposição, que protesta há duas semanas nas ruas.

“A manifestação de domingo pode terminar de maneira trágica se Yanukovich tiver vendido a Ucrânia”, disse o opositor Yaseniuk, aliado da opositora detida Yulia Timoshenko.

O primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, classificou estas informações de “mentiras e provocações”.

Continua após a publicidade

No domingo passado, entre 200 000 e 500 000 pessoas, segundo as fontes, protestaram na praça depois de terem sido desalojadas à força na sexta-feira pela polícia, em uma operação que deixou dezenas de feridos, muitos deles estudantes.

No sábado, cerca de mil pessoas protestaram no mesmo local, também conhecido pelo nome de Maidan.

A Ucrânia está há mais de um ano em recessão e tem um enorme déficit público que pode levar o país à quebra, segundo analistas e investidores, que acreditam que Moscou pode abaixar o preço do gás que vende ao país se o governo ucraniano desistir de se aproximar da Europa.

(Com AFP)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.