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Dois anos após acidente, mineradores chilenos se voltam para o islamismo

Por Da Redação
3 ago 2012, 17h58

Dois anos depois do desmoronamento que os sepultou a mais de 600 metros de profundidade, alguns dos 33 mineiros do deserto chileno do Atacama conseguiram se reinserir no mercado de trabalho, enquanto outros buscam consolo no sufismo, uma corrente do Islã.

Hoje, a vida dos protagonistas da tragédia que comoveu o mundo segue rumos diferentes. A maioria voltou a trabalhar, mas muitos afirmam que não conseguem superar o trauma.

O segundo aniversário do acidente será celebrado no domingo na antiga mina San José, em pleno deserto do Atacama, no norte do Chile, onde em 5 de agosto de 2010, um deslizamento sepultou 32 mineiros chilenos e um boliviano.

Uma grande cruz de cinco metros de altura, junto a um altar em homenagem à virgem da Candelária, padroeira dos mineiros chilenos, lembrará o início desta história sem precedentes. Durante 69 dias, 33 homens sobreviveram à escuridão, à umidade e ao calor intenso no fundo de uma velha mina de ouro e cobre.

“Na última vez em que nos reunimos, 80% de nós estavam reinseridos em alguma coisa”, relatou à AFP o mineiro Juan Illanes.

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Illanes trabalha em uma empresa ligada à mineração, mas tem procurado suporte emocional em “um grupo de tendência sufista que tem sede no Chipre”, relatou.

“Fazemos terapias em grupo. Nós nos reunimos em Vallenar (sul do Chile), o grupo é liderado por Abdul, que nos aproxima da educação religiosa muçulmana”, contou, sem dar maiores detalhes.

Com ele, participam também os mineiros Omar Reygadas e Darío Segovia, que viajaram há um ano ao Chipre para visitar o líder máximo e mestre da Ordem, Sugita Naqshbandi.

O mineiro Víctor Segovia transporta trabalhadores na cidade de Copiapó e admite que ainda hoje está em tratamento psicológico e toma remédios. Edisón Peña, famoso por imitar Elvis Presley, esteve internado em um centro de reabilitação para tratar a dependência de drogas e álcool.

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“Tive muita dificuldade em me recuperar física e psicologicamente. Estive separado um tempo da minha mulher e agora fico alterado mais facilmente do que antes”, contou ao jornal El Mercurio o mineiro e ex-jogador de futebol, Franklin Lobos.

“Depois de um ano de viagens e da televisão, todos tivemos que começar a nos virar. Quase todos receberam alta e como não há muitos ganhos, tivemos que voltar à realidade”, disse ao periódico o mineiro Pablo Rojas.

O resgate dos mineiros ocorreu em 13 de outubro de 2010. A operação se estendeu por 22 horas e foi transmitida ao vivo para todo o planeta, com cada um dos mineiros sendo trazido à superfície por um estreito túnel com 60 centímetros de largura.

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