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Capriles vence primárias e será o rival de Chávez

Por juan barreto
13 fev 2012, 08h28

O governador Henrique Capriles será o rival do presidente venezuelano, Hugo Chávez, nas eleições de outubro, depois de vencer por ampla maioria as primárias celebradas no domingo pela oposição, que tiveram participação de 2,9 milhões de eleitores.

Com 95% dos votos apurados, Capriles recebeu 1.806.860 votos (62,2%), superando com folga o adversário mais forte, o também governador Pablo Pérez, com 867.601 votos (29%), anunciou a comissão eleitoral da Mesa da Unidade Democrática (MUD), que organizou as primárias.

A participação foi de 2.904.710 eleitores, acima das expectativas dos analistas.

Capriles, 39 anos e governador do segundo maior estado do país, Miranda (região norte, que inclui parte de Caracas), era o favorito nas pesquisas para ser o candidato da oposição à presidência nas eleições de 7 de outubro.

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No pleito, Chávez, de 57 anos, há 13 anos no poder, busca um terceiro mandato.

Além de Capriles e Pérez, governador de Zulia (oeste), a deputada María Corina Machado (103.500 votos), o ex-embaixador Diego Arria (35.070 votos) e o sindicalista Pablo Medina (14.009) também disputaram as primárias.

“Eu digo a todos em nossa Venezuela, a todo nosso povo: proibido falhar. Viemos para construir um futuro distinto, um futuro para todos os venezuelanos, não é a hora da esquerda nem da direita, é a hora de todos os venezuelanos”, declarou o governador de Miranda em um evento em Caracas, ao lado de todos os candidatos.

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Após admitir a derrota, Pérez anunciou que integrará a equipe de Capriles para enfrentar Chávez.

“A Henrique Capriles, meu amigo, como disse no momento em que que me inscrevi nas primárias, meu amigo, conta comigo desde Zulia, porque vais ser o próximo presidente da Venezuela”, disse Pérez, 42 anos.

Chávez afirmou que não importa quem será o rival, demonstrando confiança em uma nova vitória, que representaria mais um passo em seu objetivo de governar até 2031.

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Capriles foi o primeiro líder opositor a postular a candidatura presidencial, em uma campanha que o levou a percorrer praticamente todo o país durante mais de um ano.

O advogado solteiro, que iniciou a carreira política aos 25 anos ao ser eleito parlamentar e presidente da extinta Câmara dos Deputados, construiu um discurso conciliador, evitando os ataques frontais a Chávez e ressaltando a necessidade de superar a polarização política na Venezuela.

Capriles, que está atrás de Chávez e tem menos recursos financeiros e de propaganda, promete uma mudança na forma de governar e se mostra decidido substituir o “socialismo” promovido pelo atual governo por um modelo inspirado no Brasil.

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“A chave é a superação da pobreza, atada ao crescimento econômico”, declarou o governador, membro do Partido Primeiro Justiça.

Nas primárias de domingo, 65.000 venezuelanos que moram no exterior estavam registrados para votar em 30 países.

Mais de 8.000 votaram na Flórida (sul dos EUA) em um processo que recebeu o apoio dos principais líderes políticos da comunidade cubano-americana de Miami.

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A MUD informou que apenas na Hungria e na cidade italiana de Nápoles não foi possível votar em consequência do frio.

Além de designar o candidato presidencial, os eleitores escolheram 17 aspirantes da oposição aos governos estaduais e 249 candidatos a prefeitos paras as eleições regionais e municipais de dezembro e abril.

Observadores internacionais acompanharam o processo e registraram pequenas dificuldades técnicas, mas destacaram que os eleitores participaram de maneira tranquila nas primárias.

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