Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Blogueira Yoani Sánchez é solta após 30 horas de detenção

Dissidente foi presa ao tentar cobrir o julgamento do político espanhol Angel Carromero, acusado pelo regime pela morte de dois opositores em um acidente

Por Da Redação
6 out 2012, 01h23

A blogueira cubana Yoani Sánchez e seu marido, Reynaldo Escobar, foram libertados nesta sexta-feira, após ficarem 30 horas em detenção por tentarem cobrir em Bayamo, leste de Cuba, o julgamento do político espanhol Angel Carromero. A própria dissidente informou em sua conta no Twitter sobre o fim da detenção. “Acabamos de ser libertados! Foram 30 horas de prisão e muitas histórias que contar”, escreveu Yoani.

Leia também:

Reinaldo Azevedo: Dilma é corresponsável moral pela prisão de Yoani

Acervo Digital: ‘Achei que não sairia viva’, diz blogueira após espancamento

Continua após a publicidade

A blogueira e seu marido foram detidos na noite de quinta-feira ao viajar para Bayamo para cobrir o julgamento de Carromero, acusado de homicídio involuntário no acidente de carro que matou os dissidentes Oswaldo Payá e Harold Cepero, em julho. Segundo a imprensa oficial do regime cubano, Yoani viajava como “correspondente ilegal” do jornal espanhol El País.

“Durante a detenção me recusei a comer e a beber qualquer líquido. O primeiro copo de água que tomei ao chegar em casa foi como fogo no esôfago”, relatou a opositora de 37 anos. “Obrigado a todos que levantaram sua voz e enviaram tweets para que pudéssemos voltar para casa.”

As prisões de Yoani e Escobar, no entanto, não foram as únicas. Segundo o ativista Elizardo Sánchez, ao menos oito dissidentes foram detidos em Bayamo durante o julgamento de Carromero. Na quinta-feira, o dissidente Guillermo Fariñas também foi preso, junto com outros 21 opositores ao regime cubano do ditador Raúl Castro, ao tentar organizar uma reunião politica na cidade de Santa Clara.

Continua após a publicidade

Julgamento – Carromero, de 27 anos e dirigente de Novas Gerações do Partido Popular, dirigia o veículo alugado que, em 22 de julho, bateu em uma árvore perto de Bayamo. No carro estavam Payá e o também opositor Harold Cepero, ambos mortos no acidente, além do político sueco Jens Aron Modig, 27 anos, que retornou a seu país após a investigação policial. As autoridades cubanas afirmam que o acidente foi provocado por excesso de velocidade em uma área da estrada que passava por reparos. A Promotoria pede uma pena de sete anos para Carromero.

A família de Payá, no entanto, se nega a apresentar queixas contra Carromero, rejeita as conclusões periciais da polícia cubana e solicita uma investigação imparcial do acidente com a participação de especialistas internacionais.

(Com agência France-Presse)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.