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UFC 147: americano estraga a festa e ganha de Wanderlei

Rich Franklin foi melhor durante o combate e impediu a vingança do brasileiro

Por Da Redação
24 jun 2012, 01h47

No segundo round, a torcida chegou a comemorar a vitória de Wanderlei, mas Franklin acabou sendo salvo pelo gongo

Depois de vários desfalques e muitas indefinições, o UFC 147 aconteceu em Belo Horizonte, na noite deste sábado, com casa cheia e boas lutas. Sem Anderson Silva, Chael Sonnen e Vitor Belfort, o astro da noite seria Wanderlei Silva, que reencontrou o americano Rich Franklin – que tinha derrotado o “Cachorro Louco” em 2009, por decisão dos juízes. E Franklin repetiu a dose no Mineirinho, levando a melhor na pontuação geral depois de cinco rounds e estragando a festa brasileira na quarta edição do UFC realizada no país. Wanderlei é o primeiro brasileiro a perder para um estrangeiro em lutas principais no Brasil. Nos confrontos preliminares, Rony Jason e Cezar Mutante, do reality show The Ultimate Fighter, venceram e assinaram contrato com o UFC, e Fabrício Werdum nocauteou o americano Mike Russow. O próximo UFC acontece em 7 de julho, em Las Vegas, com uma das lutas mais esperadas da história do MMA: a revanche entre Anderson e Sonnen.

Wanderlei chegou para a luta que fechou a noite muito concentrado, ao som da sua tradicional música de entrada no octógono, Sandstorm. Depois da derrota em 2009, ele prometeu que desta vez só sairia do combate com Franklin “com a vitória ou morto”. O brasileiro começou o combate estudando seu adversário, tentando encaixar socos de direita, mas o americano reagia bem aos golpes. Wanderlei começou pior o segundo round, mas conseguiu uma virada espetacular com joelhadas e vários socos e só não venceu porque foi salvo pelo gongo – a torcida chegou a comemorar a vitória, mas a sirene foi para marcar o final do round. Franklin voltou mais agressivo, aproveitando o cansaço do brasileiro e apostando no ground and pound. Exausto, Wand não teve como reagir aos jabs do oponente e perdeu por decisão unânime dos juízes. Contratados – Lutar no UFC é o sonho de quase todos os lutadores de MMA. E, antes da luta principal da noite, dois lutadores do reality show The Ultimate Fighter conseguiram um contrato com o torneio: Rony Jason, entre os penas, e Cezar Mutante, entre os médios. A primeira decisão do TUF foi entre os cearenses Godofredo Pepey e Rony Jason. Pepey começou mais agressivo, arriscando algumas joelhadas, mas não conseguiu ser efetivo em seus golpes. Com o apoio da torcida, Jason – que, apesar do apelido (o personagem dos filmes Sexta-Feira 13), chorou antes e depois da luta – usou o contra-ataque, encaixou joelhadas voadoras, dominou o combate e venceu por decisão unânime dos juízes. A outra final do TUF foi a melhor luta da noite até aquele momento. Sérgio Moraes, campeão mundial de jiu-jitsu, tentou levar a luta para o chão, enquanto Cezar Mutante atacava com bons golpes no confronto em pé. No segundo round, Mutante conseguiu um bom chute rodado de capoeira e derrubou o adversário, mas Serginho conseguiu voltar para a luta. No mesmo assalto, Serginho acertou uma cotovelada e conseguiu uma excelente sequência de socos, mas não nocauteou o rival. Exaustos, os lutadores diminuíram o ritmo no terceiro round, e os juízes deram a vitória para Cezar Mutante, que chegou a derrubar Serginho no último minuto do combate. Assim como Jason, o pupilo de Vitor Belfort passa a ser um lutador contratado pelo UFC. Preliminares – Na primeira luta de destaque da noite, Fabrício Werdum entrou para encarar Mike Russow ao som de Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha, com direito a dança no octógono. E não demorou muito a continuar festejando depois de sua luta no UFC 147. O brasileiro começou agressivo, encaixando vários socos. O americano sentiu e tentou levar a luta para o chão. Werdum acertou um gancho poderoso e seguiu com murros na cabeça de Russow, que não esboçou reação. Depois de 2min28, conseguiu o primeiro nocaute do card principal. “Gostaria que o UFC me desse a oportunidade de lutar contra o campeão Júnior Cigano”, disse o vencedor do combate, entrevistado ainda no octógono montado no Mineirinho. Na luta anterior, o estreante Hacran Dias e Yuri Marajó fizeram um combate morno, mas bastante técnico, na luta de número 2.000 do UFC. Hacran acertou mais golpes no primeiro round e quase foi finalizado no segundo, mas a estratégia de pontuar com golpes curtos resolveu no último assalto. Ele venceu por decisão unânime dos juízes. No card preliminar, o estreante Miltinho Vieira empatou com Felipe Sertanejo. Nos outros desafios, todos com participantes do reality show TUF, Marcos Vina nocauteou Wagner Galeto; Thiago Bodão nocauteou Leandro Macarrão; Hugo Viana venceu John Macapá por decisão; Francisco Massaranduba nocauteou Delson Pé de Chumbo e Rodrigo Damm nocauteou Anistávio Gasparzinho. Mesmo com a decepção pelo card esvaziado, os fãs de MMA lotaram o Mineirinho e tiveram de enfrentar longas filas – e, apesar da ausência de nomes como Anderson Silva e Chael Sonnen, o evento contou com as principais personalidades do UFC: o presidente Dana White, a ring girl Arianny Celeste, o locutor Bruce Buffer e o apresentador Joe Rogan, além de ídolos como Chuck Liddell, José Aldo e Mauricio Shogun Rua. Na plateia, o campeão dos pesados Júnior Cigano foi ovacionado. Ausente do card por causa de lesão, Vitor Belfort também foi ao Mineirinho, acompanhado da mulher, Joana Prado. Ao invés de aplausos, porém, ouviu provocações de parte da torcida, que não gostou do cancelamento da luta com Wanderlei. Desfalques – O UFC 147 tinha tudo para ser o evento mais espetacular da história do MMA no país. A aguardada revanche entre Anderson Silva e Chael Sonnen deveria acontecer neste fim de semana – assim como o confronto entre Wanderlei e Vitor Belfort, outra reedição de um combate memorável. Os planos incluíam ainda a quebra de um recorde de público, com a realização da noitada de lutas num estádio – Morumbi, Pacaembu e Engenhão foram cogitados. A realidade, porém, foi muito diferente: o evento foi transferido para Minas e perdeu três de seus quatro astros. A luta entre Anderson e Sonnen foi transferida para Las Vegas. E o card sofreu novas mudanças em função de lesões de última hora. As dificuldades do UFC 147 começaram quando os organizadores não conseguiram confirmar a edição em São Paulo, por causa de problemas com a Prefeitura. A solução foi voltar ao Rio de Janeiro, que já recebeu duas noites de lutas. A realização da Rio +20, porém, estragou os planos – com o evento internacional, a cidade ficou sem quartos de hotel em quantidade suficiente para receber os torcedores. Ficou definido que o evento aconteceria em Belo Horizonte, no ginásio do Mineirinho. O esperado reencontro de Wanderlei Silva e Vitor Belfort – que venceu o rival em 1998, no primeiro UFC realizado no país, em São Paulo – passou a ser a luta principal do card. Faltando menos de um mês para a luta, porém, Belfort machucou a mão esquerda em um treino. Para salvar o card, mantendo pelo menos Wanderlei como atração, Belfort foi substituído por outro veterano, Rich Franklin. Ex-professor de matemática nos Estados Unidos, Franklin foi campeão dos médios entre 2005 e 2006, mas perdeu seu cinturão para Anderson Silva. O americano tinha derrotado Wanderlei em 2009. Apesar de tantas mudanças, a noite de lutas atraiu muitos fãs de MMA ao Mineirinho. E, encerrada mais uma noitada do UFC no Brasil, os torcedores já esperam pelo próximo evento no país, que pode ocorrer em outubro. Vitor Belfort já disse que deverá participar desse card.

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