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Ex-símbolo sexual, Brigitte Bardot faz 80 junto aos animais

A estrela de filmes como ‘Amar É a Minha Profissão’ e ‘E Deus Criou a Mulher’ passa o aniversário reclusa e focada na causa que adotou há quarenta anos

Por Da Redação
28 set 2014, 12h19

Ícone idolatrado das décadas de 1950 e 60 por sua beleza estonteante e sua sensualidade exacerbada, Brigitte Bardot comemora neste domingo seus 80 anos em completa reclusão, acompanhada apenas por seus animais.

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“Minha primeira vida me permitiu vencer nesta segunda. Se eu não tivesse sido Brigitte Bardot e me tornado conhecida em todo o mundo, nunca teria feito um décimo do que faço agora pelos animais”, declarou a ex-atriz que, em sua “primeira vida”, a de glória no cinema, contribuiu mesmo foi com a libertação sexual de um mundo ainda puritano.

Nascida em 28 de setembro de 1934, Brigitte Bardot entrou para o cinema depois de romper com a família e se formar bailarina. Participou de cerca de cinquenta filmes, muitos de iniciantes, mas também de algumas obras-primas como Amar É a Minha Profissão (En cas de malheur), de Claude Autant-Lara, ou O Desprezo (Le Mépris), de Jean-Luc Godard.

Em 1956, foi destaque em um filme concebido para ela por seu então marido, o cineasta Roger Vadim: E Deus Criou a Mulher. Ali, ela dançava mambo de forma apaixonada e provocativa, enquanto a longa saia se abria até a cintura, em uma cena que provocou escândalo e a proibição do filme em alguns estados americanos.

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Nascia assim o mito Bardot. Símbolo da feminilidade, ela foi considerada por muitos a mulher mais bonita do mundo – mais que Marilyn Monroe, para alguns.

Estrela com rosto de Lolita e curvas de femme fatale, Brigitte Bardot tornou-se a fantasia dos homens e o alvo das ligas conservadoras. A romancista Simone de Beauvoir dizia sobre Bardot: “Ela anda com os pés descalços, ela vira as costas aos vestidos elegantes, joias, perfumes, maquiagem, a todos esses artifícios (…) Ela faz o que lhe agrada e é isso que é perturbador”.

Perseguida por hordas de fotógrafos que acompanhavam cada movimento seu, a atriz perdeu toda a privacidade e teve exposto mais do que queria: o filho que nasceu sem que ela desejasse, as tentativas de suicídio que cometeu, as escapadas amorosas e os vários casamentos (quatro no total).

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Provocações – Entre os seus atrevimentos, compareceu ao Palácio do Eliseu, residência do presidente francês, de calça e de jaqueta, quando o permitido então para as mulheres, no local, eram somente saias e vestidos. Atendia na ocasião a um convite do general De Gaulle, que pareceu muito contente em vê-la, ao contrário da esposa.

De fato, B.B. buscou na vida a mesma liberdade que a sua personagem de E Deus Criou a Mulher. “Uma menina de seu tempo, livre de qualquer sentimento de culpa, de tabus impostos pela sociedade”, nas palavras do ex-marido Roger Vadim.

Desgastada pela glória, colocou um fim abrupto à carreira em 1973 para se dedicar aos animais depois de ver uma reportagem sobre a caça às focas.

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Continua vivendo no sul da França, entre a sua propriedade, La Madrague, em Saint-Tropez, em um pacato vilarejo de pescadores que se tornou, em grande parte por causa dela, uma meca para o jet set, e no interior, onde possui uma segunda residência isolada, La Garrigue.

B.B. recolhe animais em perigo e administra sua Fundação, criada em 1986. “Não vejo quase ninguém”, diz ela, que não sente mais vontade de ir ao cabeleireiro. “Mas sou combativa. Não devemos ser passivos na vida. Devemos servir para alguma coisa”, diz ela.

Entre suas batalhas prioritárias, a abolição do abate de animais para rituais, o fechando de matadouros de cavalos e a proteção dos elefantes africanos.

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À medida que envelheceu, a atrevida do século XX desposou teorias da extrema direita e agora reivindica sua proximidade com Marine Le Pen, líder do partido Frente Nacional, a quem ela apoiou nas eleições presidenciais de 2012.

Suas declarações sobre os homossexuais, a imigração ou os muçulmanos valeram-lhe cinco condenações por incitar o ódio racial. Sua imagem é “turva”, reconhecem alguns dos biógrafos que buscaram retratar o “rosto de uma geração”.

(Com agência France-Presse)

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