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Diretor Roberto Talma morre aos 65 anos no Rio

Novelas como 'Saramandaia' e o remake de 'Gabriela' foram dirigidos por Talma, que faleceu na madrugada desta quinta-feira

Por Da Redação
23 abr 2015, 08h51

Morreu, aos 65 anos, o diretor e produtor Roberto Talma, da TV Globo. O Hospital Samaritano do Rio de Janeiro informou que a morte foi confirmada às 2h45 desta quinta-feira. Segundo o telejornal Bom dia Brasil, da Globo, Talma teve falência múltipla de órgãos, decorrente de insuficiência renal. A Globo informou que o velório será no sábado, a partir das 11h, no Memorial do Carmo, no Caju, Rio de Janeiro. A cremação ocorrerá no mesmo dia, às 15h, em cerimônia reservada à família. Roberto Talma deixa três filhos: Raphael Bethlem Vieira, de seu casamento com a atriz Maria Zilda Bethlem, Stephan Borges Vieira e Matheus Faloppa Vieira.

Nascido em 29 de abril de 1949, em São Paulo, Roberto Talma Vieira completaria 66 anos na próxima quarta-feira. Profissional pertencente a uma safra que aprendeu a fazer TV dentro do próprio set, passando por todas as etapas do processo de produção, Talma foi criado dentro do meio artístico. Seus pais eram donos de um circo no interior de São Paulo. A mãe era bailarina e o pai trabalhou na televisão como coordenador de programação da TV Rio. Aos 9 anos, ele já estava na TV Record dos Machado de Carvalho, onde se apresentava com um grupo de sapateado no programa A Grande Gincana Kibon.

Talma se mudou no início da década de 1960 para o Rio de Janeiro, onde atuou como coordenador de programação na TV Rio, antes de entrar para a Rede Globo, em 1969. Na emissora, começou como operador de videoteipe no núcleo de jornalismo, trabalhando para o Jornal Nacional, o Jornal Hoje e o Jornal da Globo, entre outros. Antes de seguir para o núcleo de novelas, na década de 1970, ainda passou por programas como o Globo Repórter e o Globo de Ouro, de shows.

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Em 1972, trocaria a Globo pela Tupi, em São Paulo, mas a troca duraria pouco tempo: ele retornaria ao canal carioca em seis meses, para iniciar uma importante carreira na teledramaturgia com a novela Selva de Pedra, de Janete Clair, em que atuaria ao lado de Walter Avancini, diretor do folhetim. A parceria dos dois duraria oito anos, com Talma assumindo funções diversas, como editor, assistente de direção e codiretor.

Em 1976, Talma assinaria um de seus mais marcantes trabalhos, a direção da novela Saramandaia, de Dias Gomes, em 1976. A trama contava com cenas de realismo mágico como a da explosão de Dona Redonda, personagem que ia pelos ares de tanto comer.

Ainda nos anos 1970, antes de uma temporada na TV Bandeirantes, em São Paulo, Roberto Talma respondeu pela linha musical do Fantástico, produzindo e dirigindo dos clipes que eram exibidos aos domingos na emissora. Na Band, a exemplo da Tupi, só ficou seis meses, tempo em que dirigiu o programa Rosa e Azul, com Débora Duarte e Antônio Marcos. Chamado por Walter Avancini para cuidar das novelas Pai Herói (1979), de Janete Clair, e Água Viva (1980), de Gilberto Braga, retornou à Globo e ao Rio.

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Talma ainda voltaria uma vez à Bandeirantes, para trabalhos como a novela Campeão (1982), de Jaime Camargo e Marcos Caruso, depois de se especializar em folhetins com produções como Coração Alado (1980), de Janete Clair, e Baila Comigo (1981), de Manoel Carlos.

Mais tarde, de novo na Globo, ele assinaria outros programas que marcaram época na TV brasileira, como Armação Ilimitada (1985-88) e Você Decide (no ar entre 1992 e 2000), até se tornar diretor de núcleo, em 1995, quando assumiu a área de programas infantis da Central Globo de Produção. Nessa época, acumuluou a direção geral de outros programas do canal, como Domingão do Faustão, Fantástico e Linha Direta. Ele também assinaria, ao longo dos anos, especiais musicais como um tributo a Tom Jobim, em 1987, e o especial de Roberto Carlos, em 2002.

E Talma nunca se afastaria da dramaturgia. Foi ele quem dirigiu as minisséries Anos Dourados, em 1986, Anos Rebeldes, de 1992, Os Maias, em 2001, e a segunda versão de O Sítio do Pica-Pau Amarelo, de 2001 a 2006. A temporada de 1995 de Malhação foi outra produção comandada por Talma, que também esteve à frente da série Pé na Cova, em 2013. Entre seus últimos trabalhos, estão os remakes de O Astro, de 2011, e de Gabriela, em 2012. No teatro, ele assinou a direção de Achadas e Perdidas, peça baseada no livro Os Ossos e a Escritura, da atriz Maitê Proença, que estrela o espetáculo ao lado de Clarice Derziê.

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(Da redação)

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