A polícia chinesa se recusou a dar explicações sobre os motivos da detenção do artista e militante dos direitos humanos Ai Weiwei, afirmou nesta segunda-feira Lu Qing, esposa do detido. O artista, muito crítico do governo, foi detido quando pretendia embarcar em um avião no aeroporto internacional de Pequim. Mediante o silêncio das autoridades chinesas, os Estados Unidos pediram que o artista seja libertado imediatamente. Ai Weiwei participou da última Bienal de Arte de São Paulo.
De acordo com sua esposa, Weiwei viajaria a Hong Kong. No momento em que foi detido, a polícia realizou uma operação em seu ateliê, levando computadores e outros equipamentos. “Estamos muito preocupados com a prática de desaparecimentos forçados, detenções extrajudiciais e condenações de militantes dos direitos do homem”, afirmou Mark Toner, porta-voz do Departamento de Estado americano.
Vários assistentes do artista foram detidos e liberados no domingo, segundo Li Qing, que também informou que a casa do casal está sob vigilância. Dezenas de opositores chineses foram detidos ou tiveram suas residências vigiadas nas últimas semanas, com Pequim temendo um contágio no país das revoltas do mundo árabe, de acordo com as organizações de defesa dos direitos humanos.
(Com agência France-Presse)