Liminar proíbe piquetes de grevistas na USP

A reitoria da Universidade de São Paulo (USP) obteve liminar junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo impedindo a realização de piquetes e bloqueios de grevistas nos prédios da instituição. O juiz autorizou o uso da força policial em caso de descumprimento da decisão. Professores e funcionários da USP e também da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) cruzaram os braços há quase dois meses em razão do congelamento de salários proposto pelos reitores das universidades estaduais.

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Ao recorrer a Justiça, a USP pretende garantir o total funcionamento e prestação de serviços da universidade. No pedido de liminar, foram relacionados os prédios da prefeitura do campus, administração central, Faculdade de Odontologia, restaurante central, restaurante da Física, almoxarifado central, Museu de Arqueologia e Etnologia, superintendência de tecnologia de informação e centro de práticas esportivas, todos na Cidade Universitária, zona oeste da capital.

Kenichi Koyama, magistrado da 11ª Vara de Fazenda Pública da capital, afirmou em seu despacho que, embora seja assegurado o direito de greve, “manifestações violentas, independentemente das razões dos trabalhadores, aniquilando o direito de ir e vir, realizando piquetes e ameaças” não serão permitidas. De acordo com a ação, grupos de grevistas colocaram cadeados nos portões e móveis nas entradas para obstruir a passagem.

Nesta semana, um informe interno da USP apresentou esclarecimentos jurídicos sobre o registro de faltas e foi encarado pelos grevistas como ameaça de corte de ponto. No mês passado, o conselho de reitores das estaduais já havia condicionado a retomada das negociações salariais ao fim dos piquetes e protestos violentos.

(Com Estadão Conteúdo)